Artur suspirava. A certeza que o Rabecaz lhe dava da celebridade em Lisboa – ele que a conhecia tão completamente – inflamara-lhe o desejo de lá viver e ser uma das suas personalidades essenciais. Lisboa era agora a sua necessidade, o seu ideal, a sua mania. Pensava que lá, na Capital, as suas faculdades se desenvolveriam prodigiosamente, como certas plantas raras que só medram em terrenos ricos; aí encontraria decerto as glórias do coração em amores aristocráticos, e, discutido nos folhetins, recitado nos teatros, muito alto na hierarquia das letras, poderia talvez extrair uma fortuna dos cofres dos editores!
Texto segundo o Novo Acordo Ortográfico.
A Capital!
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