Projectando um mundo ligado à composição romântica e poética, Júlia, uma jovem sonhadora, uma amante do puro sonho, da verdade, da realidade, uma crítica feroz, não declarada, mas personificada em melodiosos versos, constrói o seu fantástico cosmos. Desagradando-lhe completamente a superficialidade vai deixando-se influenciar nos cogitar pela panóplia religiosa que lhe advém, na qual cresce sem no entanto lhe poder deixar de atirar a crítica aos costumes, aos fundamentos regateados e à imposição de normas absolutamente descabidas. O mesmo se segue para a sociedade em geral. Júlia caminha para a fantasia desligada da realidade ao lado do misterioso figurino, que a apaixona, enerva, mas não existe, existe, ela o não entende, criando assim o verdadeiro sonho, inspirado em desejo algum que não seja a ânsia da felicidade e da paz que nos torna fantasiar, rejeitando claro o sonho inventado da ânsia pessoal, económica ou religiosa. Devaneio é sobretudo a história de uma jovem que se deixa envolver pelo sonho, pelo gosto da criação imaginária e de tal forma o faz que se desliga completamente da realidade. Todo o livro deve ser compreendido como um conjunto de simbologias.
Devaneio
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