A Ilha dos Milagres

Acordei assustado naquela manhã, como se arrebatado fora de mim por energias que nos comandam do plano invisível. E, como se não tivesse escolha, a força dessa história singela, mas de pincelas coloridas não podia mais me deixar. Por mais que me esforçasse por fazer outras coisas não conseguia. A história que me foi revelada na íntegra, como se corresse um filme na minha cabeça não me deixava. Não sabia ao certo os nomes das personagens, mas assim que comecei a escrever foram surgindo naturalmente, como se fosse óbvio que cada um dos envolvidos devesse se chamar assim. Estava eu, como escritor, envolvido em um círculo de arrebatamento par escrever esse pequeno romance astral. Melhor ainda, uma pequena novela. Demorei muitos anos mantendo-a guardada até que viesse agora a querer publicá-la. Não por vaidade, não por achá-la superior, mas por que, talvez, tenha eu adquirido de aceitá-la dentro da grande simplicidade com a qual ela se revestiu. Não sei garantir se os personagens são reais, se de fato existiram embora tenha procurado similaridades na vida real não os achei. Melhor assim. O leitor será deslocado para os mistérios de uma Ilha na qual habita um pintor desolado por um trauma pessoal. No entanto, ao sair da sua rotina habitual e ajudar alguém, uma rapariga que conhece à beira de uma estrada, sua vida toma rumos inesperados. E como poderia aquela moça saber tanto de qualquer um? A Ilha dos Milagres é um romance que nos leva a devorá-lo do início ao fim como se o leitor quisesse participar da história sendo que, ao final, fica-lhe o gosto de querer mais...