José de Almada Negreiros nasceu no dia sete de Abril de 1893, na fazenda Saudade, em S. Tomé e Príncipe, e, ainda menino, parte para Portugal continental, prometendo não deixar em paz e sossego a sociedade que aqui encontra. Tendo sido um artista multifacetado da criatividade portuguesa do século XX, cultivando em simultâneo o teatro, a poesia, o jornalismo, a ficção, a polémica e a pintura, coloca-se na primeira fila da época excepcional que foram as primeiras décadas do nosso século, época esta em que vigora o cansaço frente às estéticas do passado próximo e a ânsia da renovação artística.
Almada surgirá como o mais aguerrido defensor da necessidade de renovação face aos padrões literários e estéticos na altura estabelecidos pela classe pensante. Tomará como objecto da sua luta a sociedade retrógrada e envelhecida sua contemporânea, com os seus vícios, os seus preconceitos, a sua tacanhez desmedida. Enredado no seu passado, Portugal virava as costas à Europa e ao progresso, instalava-se na recordação de um antanho de glórias sem retorno.
Almada surgirá como o mais aguerrido defensor da necessidade de renovação face aos padrões literários e estéticos na altura estabelecidos pela classe pensante. Tomará como objecto da sua luta a sociedade retrógrada e envelhecida sua contemporânea, com os seus vícios, os seus preconceitos, a sua tacanhez desmedida. Enredado no seu passado, Portugal virava as costas à Europa e ao progresso, instalava-se na recordação de um antanho de glórias sem retorno.