«Publicamos enfim esta nova edição da primeira parte do Romanceiro, que vai muito superior às antecedentes, tanto pela correcção como pelos adicionamentos importantes que leva.
A de Londres de 1828 continha apenas a Adosinda e o Bernal-francês; a de Lisboa de 1843 já lhe acrescentou mais quatro romances; na presente há oito.
A sua predilecção por estas relíquias da antiga poesia peninsular tem feito com que, desde a infância até hoje, tenham elas sempre sido a ocupação das suas «Horas de lazer» ? Hours of ideness, segundo a irisante expressão de Lord Byron; um quase mealheiro poético em que por intervalos, mas sempre, se vão deitando pequenas quantias até que chegam a formar um tesouro. Este é já um verdadeiro tesouro para os que sabem avaliar a riqueza de uma língua e de uma literatura.
No meio dos trabalhos mais graves, das contrariedades mais apertadas da vida pública, o autor não se tem esquecido do seu mealheiro, que, tornamos e dizê-lo, para nós é tesouro riquíssimo. Se ainda assim o não julga Portugal, saiba ao menos que essa é a opinião da Europa.»
[Do prefácio à 3ª edição]
A de Londres de 1828 continha apenas a Adosinda e o Bernal-francês; a de Lisboa de 1843 já lhe acrescentou mais quatro romances; na presente há oito.
A sua predilecção por estas relíquias da antiga poesia peninsular tem feito com que, desde a infância até hoje, tenham elas sempre sido a ocupação das suas «Horas de lazer» ? Hours of ideness, segundo a irisante expressão de Lord Byron; um quase mealheiro poético em que por intervalos, mas sempre, se vão deitando pequenas quantias até que chegam a formar um tesouro. Este é já um verdadeiro tesouro para os que sabem avaliar a riqueza de uma língua e de uma literatura.
No meio dos trabalhos mais graves, das contrariedades mais apertadas da vida pública, o autor não se tem esquecido do seu mealheiro, que, tornamos e dizê-lo, para nós é tesouro riquíssimo. Se ainda assim o não julga Portugal, saiba ao menos que essa é a opinião da Europa.»
[Do prefácio à 3ª edição]