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    Tereza Batista cansada de guerra

    Por Jorge Amado
    Existem 3 citações disponíveis para Tereza Batista cansada de guerra

    Sobre

    No sertão de Sergipe, perto da fronteira com a Bahia, aos treze anos incompletos a órfã Tereza Batista é vendida pela tia a um fazendeiro pedófilo e brutal. Depois de estuprá-la, ele a mantém cativa em sua propriedade. Amadurecida precocemente, e do modo mais doloroso, a menina se tornará uma mulher valente e decidida. Tereza Batista é sem dúvida uma das mais fascinantes heroínas de Jorge Amado, talvez a mais completa e complexa, que reúne os atributos de todas as outras: a valentia de Rosa Palmeirão, a sensualidade de Gabriela, a doçura de dona Flor, a altivez de Tieta.

    As peripécias dessa heroína que "tinha aversão a badernas", que "não tolerava ver homem bater em mulher" são contadas por várias vozes. Um funcionário público, um pai-de-santo, a célebre ialorixá Mãe Senhora e até o poeta Castro Alves, retornado do mundo dos mortos, ajudam a relembrar e exaltar os feitos da protagonista. Um dos mais notáveis deles - ter comandado as meretrizes de uma cidade no combate a uma epidemia - é narrado à maneira de um romance de cordel, no capítulo "ABC da peleja entre Tereza Batista e a bexiga negra". Em outro episódio, ela lidera uma greve de prostitutas em Salvador. Em um terceiro, nocauteia um homem num cabaré de Aracaju depois de vê-lo bater na amante.

    Escrito em 1972, quando Jorge Amado tinha sessenta anos, Tereza Batista cansada de guerra atesta a maestria desenvolvida pelo escritor baiano ao longo de quatro décadas de literatura. No conjunto de seus romances, destaca-se como um dos mais vigorosos do ponto de vista político - fato ainda mais notável por ter surgido no auge da ditadura militar - e um dos mais ousados no terreno do erotismo.

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    Citações de Tereza Batista cansada de guerra

    os eternos boêmios, aqueles que pela madrugada afora discutem o destino do mundo e salvam a humanidade das catástrofes e do aniquilamento, os guardiães do sonho do homem.

    São os tempos modernos, cunhado, mas não se apoquente: mudam os títulos — coronel é doutor, capataz é gerente, fazenda é empresa —, o resto não muda, riqueza é riqueza, pobreza é pobreza com fartum de desgraça.

    Difícil para Tereza foi aprender a chorar, pois nasceu para rir e alegre viver. Não quiseram deixar mas ela teimou, teimosa que nem um jegue essa tal de Tereza Batista. Mal comparando, seu moço, pois de jegue não tinha nada afora da teimosia; nem mulher-macho, nem paraíba, nem boca-suja — ai, boca mais limpa e perfumosa! —, nem jararaca, nem desordeira, nem puxa-briga; se alguém assim lhe informou, ou quis lhe enganar ou não conheceu Tereza Batista.

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