«E depois, virá a simpatia. Imaginas lá com que repugnância eu casei? Casaram-me, deixei-me levar porque era uma criança, vivia na aldeia, e sonhava com os vestidos e os bailes, e os teatros do Porto. Depois, teu pai... teu pai adorava-me, dava-me mais do que eu ambicionava, e sem saber como, nem porquê, contentei-me tanto com a minha sorte, que não invejava a de ninguém. Tinha vaidade em ser bonita, vestir com gosto, e chegar onde as mais ricas não podiam chegar. Via homens elegantes, reconhecia a diferença que os fazia superiores a teu pai, e, contudo, nunca me passou pela cabeça a loucura, a ingratidão, e o crime da infidelidade, Posso dizer que principiei a amar meu marido, quando as outras mulheres se enfastiam. Aqui tens o que nunca te disse. Não há homem nenhum que seja indigno da estima duma mulher.»
O que fazem mulheres [com notas e índice ativo]
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