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    Editora

    Cantares

    Por Hilda Hilst
    Existem 15 citações disponíveis para Cantares

    Sobre

    Quinto título das Obras reunidas de Hilda Hilst publicadas pela Editora Globo, Cantares reúne dois livros de poemas, publicados, respectivamente, em 1983 e 1995: Cantares de perda e predileção e Cantares do sem nome e de partidas. Obras breves, ambas constituem um dos instantes mais densos do lirismo hilstiano, que aqui revisita o tema do amor, dentro da melhor tradição da língua portuguesa.
    A história do livro. Cantares de perda e predileção recebeu os prêmios Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, e Cassiano Ricardo, do Clube de Poesia de São Paulo.
    O que se diz. Segundo J. L. Mora Fuentes, escritor e jornalista, que compartilha a rotina diária da Casa do Sol com a autora, "Hilda Hilst pertence ao patamar dos grandes artistas, cuja essencialidade nos impõe o dever de preservar todos seus escritos... Sábia de requintes que nos permitem avançar no pouco-nada que intuímos de nós mesmos, Hilda desmascara sem pudor, seja com cascos, suaves garras, ríspidas carícias, nossos mais preciosos ícones. E assim revela nosso rosto verdadeiro."
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    Citações de Cantares

    Mata-me apenas em sonhos. Podes dormir em fúria pela eternidade Mas acordado, ama. Porque a meu lado Tudo se faz tarde: amor, gozo, ventura.

    O Ódio-Amor manifesta-se igualmente no narcisismo do amado, que toma o amante como imagem de sua própria fantasia, e indistingue compaixão e crueldade.

    O tormento existe como descontentamento e fadiga, como interdição e luto, como lucidez que descobre a ausência de merecimento no amor.

    És apenas poeira, E Ele o grande Tecelão da tua morte: a teia).

    Como se a cada noite de ti se despedisse Com colibris na boca.

    Sangrando de morte rara: A minha. Morrendo em ti.

    E preferir ausência e desconforto Para guardar no eterno o coração do outro.

    Eu me faça pequena. E diminuta e tenra Como só soem ser aranhas e formigas.   Que este amor só me veja de partida.

    E sonha-me como se tomasses No fulgor da carne Tua primeira amante proibida.

    O bisturi e o verso. Dois instrumentos Entre as minhas mãos. Um deles rasga o Tempo O outro eterniza Aquele tempo-ouro sem medida.   Rompem-se sílabas e fonemas. Estanco meus projetos. E o que se vê É um só comum-complexo Coração aberto.

    Perdi-me tanto em ti Que quando estou contigo não sou vista

    Resolvi me seguir Seguindo-te. A dois passos de mim Me vi: Molhada cara, matando-se.   Cravado de flechas claras Ramo de luzes, de punhaladas Te vi. Sangrando de morte rara: A minha. Morrendo em ti.

    E nunca mais Na dimensão da Terra Hei de rever as moradas, os tetos Os paraísos soberbos da paixão.

    Os juncos afogados Um cão ferido As altas paliçadas Devo achar a palavra Companheira do grito.

    Barca é o teu nome. E passas. Candente, clara Navegas tua última viagem Sobre o meu corpo molhado de palavras.

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