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    Poesia completa de Alberto Caeiro

    Por Fernando Pessoa
    Existem 10 citações disponíveis para Poesia completa de Alberto Caeiro

    Sobre

    Esta reunião da poesia de Alberto Caeiro, "o guardador de rebanhos", integra a coleção de obras de Fernando Pessoa publicada pela Companhia das Letras, sempre com texto estabelecido por grandes especialistas. Aqui o trabalho de edição crítica ficou a cargo de Fernando Cabral Martins e Richard Zenith, autores também dos dois ensaios que integram o livro. Para Martins, de todos os heterônimos criados por Fernando Pessoa, Caeiro talvez seja o que corresponda a um "esforço de arquitetura" mais bem-sucedido. Uma das três partes de sua obra, O pastor amoroso, "mostra-o em tudo contrário ao que se deseja e se projeta nas outras duas", enquanto O guardador de rebanhos e os Poemas inconjuntos contêm poemas "em que a personagem surge sob iluminações imprevistas, revelando aspectos que contradizem o seu ideal de Si-Mesmo e lhe conferem verossimilhança ficcional". Em Caeiro há uma "ciência espontânea", um "misticismo materialista" e uma "simplicidade complexa" - "atributos paradoxais que servem para intensificar e tornar crível a sua extraordinária singularidade".

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    Citações de Poesia completa de Alberto Caeiro

    Saúdo todos os que me lerem, Tirando-lhes o chapéu largo Quando me veem à minha porta Mal a diligência levanta no cimo do outeiro. Saúdo-os e desejo-lhes sol, E chuva, quando a chuva é precisa, E que as suas casas tenham Ao pé duma janela aberta Uma cadeira predileta

    Não tenho ambições nem desejos Ser poeta não é uma ambição minha É a minha maneira de estar sozinho.

    O defeito dos homens não é serem doentes: É chamarem saúde à sua doença, E por isso não buscarem a cura Nem realmente saberem o que é saúde e doença.

    Sou um guardador de rebanhos. O rebanho é os meus pensamentos E os meus pensamentos são todos sensações. Penso com os olhos e com os ouvidos E com as mãos e os pés E com o nariz e a boca.

    Porque eu sou do tamanho do que vejo E não, do tamanho da minha altura…

    Sinto-me nascido a cada momento Para a eterna novidade do Mundo…

    Todo o mal do mundo vem de nos importarmos uns com os outros, Quer para fazer bem, quer para fazer mal. A nossa alma e o céu e a terra bastam-nos. Querer mais é perder isto, e ser infeliz.)

    O meu olhar é nítido como um girassol. Tenho o costume de andar pelas estradas Olhando para a direita e para a esquerda, E de, vez em quando olhando para trás…

    Não tenho ambições nem desejos. Ser poeta não é uma ambição minha. É a minha maneira de estar sozinho.

    Eu não tenho filosofia: tenho sentidos… Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é, Mas porque a amo, e amo-a por isso, Porque quem ama nunca sabe o que ama Nem sabe por que ama, nem o que é amar… Amar é a eterna inocência, E a única inocência não pensar…

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