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    Poesia completa de Ricardo Reis

    Por Fernando Pessoa
    Existem 8 citações disponíveis para Poesia completa de Ricardo Reis

    Sobre

    Este livro dá continuidade ao projeto de publicação das obras completas de Fernando Pessoa pela Companhia das Letras. Ricardo Reis foi o segundo heterônimo criado por Pessoa, depois de Alberto Caeiro e antes de Álvaro de Campos - e é o mais clássico de todos eles. Sua odes refletem um espírito duro, rigoroso, que defendia a ausência de desejos e o autodomínio como receita de sabedoria. O rigor de sua postura criou uma poesia precisa, de métrica calculada e enunciação severa. "Poesia é uma música que se faz com idéias", escreveu Reis, "e por isso com palavras". Para ser grande, sê inteiro: nada / Teu exagera ou exclui.Sê todo em cada coisa. Põe quanto és / No mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda / Brilha, porque alta vive.

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    Citações de Poesia completa de Ricardo Reis

    Segue o teu destino, Rega as tuas plantas, Ama as tuas rosas. O resto é a sombra De árvores alheias. A realidade Sempre é mais ou menos Do que nós queremos. Só nós somos sempre Iguais a nós-próprios. Suave é viver só. Grande e nobre é sempre Viver simplesmente. Deixa a dor nas aras Como ex-voto aos deuses. Vê de longe a vida. Nunca a interrogues. Ela nada pode Dizer-te. A resposta Está além dos deuses. Mas serenamente Imita o Olimpo No teu coração. Os deuses são deuses Porque não se pensam.

    Mestre, são plácidas Todas as horas Que nós perdemos, Se no perdê-las, Qual numa jarra, Nós pomos flores.

    Quer pouco: terás tudo. Quer nada: serás livre. O mesmo amor que tenham Por nós, quer-nos, oprime-nos.

    Tão cedo passa tudo quanto passa! Morre tão jovem ante os deuses quanto Morre! Tudo é tão pouco! Nada se sabe, tudo se imagina. Circunda-te de rosas, ama, bebe E cala. O mais é nada.

    Aos que a riqueza toca O ouro irrita a pele. Aos que a fama bafeja Embacia-se a vida. Aos que a felicidade É sol, virá a noite. Mas ao que nada espera Tudo que vem é grato.

    Cada dia sem gozo não foi teu Foi só durares nele. Quanto vivas Sem que o gozes, não vives. Não pesa que amas, bebas ou sorrias: Basta o reflexo do sol ido na água De um charco, se te é grato. Feliz o a quem, por ter em coisas mínimas Seu prazer posto, nenhum dia nega A natural ventura!

    AO LONGE Ao longe os montes têm neve ao sol, Mas é suave já o frio calmo Que alisa e agudece Os dardos do sol alto. Hoje, Neera, não nos escondamos, Nada nos falta, porque nada somos. Não esperamos nada E ternos frio ao sol. Mas tal como é, gozemos o momento, Solenes na alegria levemente, E aguardando a morte Como quem a conhece.

    PARA SER GRANDE Para ser grande, sê inteiro: nada Teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és No mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive.

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