Décima e última peça do ciclo Marta, a árvore e o relógio, O Sumidouro, uma das obras-primas de Jorge Andrade, volta no tempo e vai situar-se no século XVII, em São Paulo, no tempo das Bandeiras. Toda a temática e toda a poética de Jorge Andrade estão aqui reunidas, na história que narra o conflito entre Fernão Dias e seu filho, acusado pelo pai de trair a Bandeira. Pois não se pense que, ao deslocar a história para o passado mítico dos bandeirantes, o autor se distanciará dos problemas que normalmente explora. Muito pelo contrário, ele está aqui, exposto, de peito aberto. Como escreve Samir Yazbek no texto introdutório: ?Expor-se assim, de forma tão despudorada, é tarefa para poucos, mesmo entre os grandes artistas. E Jorge Andrade, com Sumidouro, mostrou ser um desses poucos, imprescindíveis.?
Esta edição traz uma introdução ao teatro de Jorge Andrade por Elizabeth R. Azevedo, e uma análise desta peça, por Samir Yazbek.
Jorge Andrade (1922-1984) é visto, pela crítica especializada, como um dos mais importantes dramaturgos brasileiros do século XX.
Esta edição traz uma introdução ao teatro de Jorge Andrade por Elizabeth R. Azevedo, e uma análise desta peça, por Samir Yazbek.
Jorge Andrade (1922-1984) é visto, pela crítica especializada, como um dos mais importantes dramaturgos brasileiros do século XX.