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    Poemas negros

    Por Jorge Lima
    Existem 5 citações disponíveis para Poemas negros

    Sobre



    Poemas negros foi lançado em 1947 com ilustrações do artista Lasar Segall e prefácio de Gilberto Freyre. Esta edição recupera a primeira, apresentando ao leitor 39 poemas marcados por envolvente musicalidade e apelo aos sentidos. Entre o engenho e o navio negreiro, Jorge de Lima apresenta a paisagem nordestina, as lavadeiras na lida, o ar ?duro, gordo, oleoso? da madorna, sem deixar de lado a bisavó que ?dançou uma valsa com D. Pedro II?. Carregado de contrastes, este livro situa o poeta no debate sobre a produção literária de temática negra, no Brasil e no mundo, conforme argumenta o posfácio de Vagner Camilo.
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    Citações de Poemas negros

    É essa totalidade de experiência, essa variedade de passado, sem o domínio exclusivo de uma tradição étnica, social ou de cultura sobre as outras, que dá a poetas brasileiros como Jorge de Lima, Simões Lopes Neto, Castro Alves, Gonçalves Dias, José Lins do Rego, Jorge Amado, Jaime Ovale, Ascenso Ferreira, Mário de Andrade, Cícero Dias, tremenda superioridade sobre os norte-americanos em exprimir sem revolta

    de “Nosso Senhor do Bonfim”, embora a metade aristocrática desse nordestino total, de corpo colorido por jenipapo e marcado por catapora, não esqueça que a “bisavó dançou uma valsa com D. Pedro II”, nem que “o avô teve banguê”.

    Ao contrário: o sangue às vezes faz que os mestiços se afastem dos assuntos africanos com excessos felinos de dissimulação e pudor. O caso de Machado de Assis.

    Em Jorge de Lima o verbo fez-se carne neste sentido: no de sua poesia afro-nordestina ser realmente a expressão carnal do Brasil mais adoçado pela influência do africano. Jorge de Lima não nos fala dos seus irmãos, descendentes de escravos, com resguardos profiláticos de poeta arrogantemente branco, erudito, acadêmico, a explorar o pitoresco do assunto com olhos distantes de turista ou de curioso.

    Entre tais “gulosos de pitoresco” estaria Jorge de Lima: sua poesia afro-nordestina; poesia que não é a de um indivíduo pessoalmente oprimido pela condição de descendente de africano ou de escravo – a única que para os inimigos do “pitoresco” justificaria uma poesia, uma literatura, uma música, ou uma pintura brasileira, voltada com simpatia para o negro, o índio ou o mestiço.

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