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    Graça infinita

    Por David Foster Wallace
    Existem 15 citações disponíveis para Graça infinita

    Sobre

    Um dos romances mais importantes das últimas décadas, Graça infinita chega enfim aos leitores brasileiros em tradução do vencedor do prêmio Jabuti Caetano W. Galindo.


    Os Estados Unidos e o Canadá já não existem: eles foram substituídos pela poderosa Onan, a Organização de Nações Norte-Americanas. Uma enorme porção do continente se tornou um depósito de lixo tóxico. Separatistas quebequenses praticam atos terroristas e a contagem dos anos foi vendida às grandes corporações.

    Graça infinita foi o último grande romance do século XX e teve um impacto duradouro e ainda difícil de ser aferido. Ora cômico, ora doloroso, ele encapsulou uma geração ligada à ironia e ao entretenimento, mas desconectada da imaginação, da solidariedade e da empatia.

    No romance, seguimos os passos dos irmãos Incandenza - membros da família mais disfuncional da literatura contemporânea -, conforme tentam dar conta do legado do patriarca James Incandenza, um cientista de óptica que se tornou cineasta e cometeu suicídio depois de produzir um misterioso filme que, pela alta voltagem de entretenimento, levava seus espectadores à morte.

    Enquanto organizações governamentais e terroristas querem usar o filme como arma de guerra, os Incandenza vão se embrenhar numa cômica e filosófica busca pelo sentido da vida. Graça infinita dobra todas as regras da ficção sem jamais sacrificar seu próprio valor de entretenimento. É uma exuberante e original investigação do que nos torna humanos - e um desses raros livros que renovam a ideia do que um romance pode ser.

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    Citações de Graça infinita

    o esporte juvenil é somente uma faceta da verdadeira gema: a guerra sem fim da vida contra o eu sem o qual você não consegue viver.

    Sipróprio é o meu pai. A gente chama ele de Sipróprio. Tipo aspas ‘o homem em si próprio’. Tipo assim. A gente chama a minha mãe de Mães. Meu irmão que inventou a palavra.

    a certeza que a alma tem de que o dia terá não que ser atravessado mas como que escalado, verticalmente, e de que ir dormir de novo no fim do dia vai ser como cair, de novo, de algum lugar alto e íngreme.

    O verdadeiro adversário, a fronteira delimitadora, é o próprio jogador. Sempre e só o eu que está lá, em quadra, a ser enfrentado, combatido, levado à mesa em que será forçado a aceitar os termos. O garoto que compete do outro lado da rede: ele não é o inimigo; ele é um parceiro de dança. Ele é a como é que chama desculpa ou oportunidade para você encontrar o eu. Como você é a oportunidade dele.

    Que você vai ficar bem menos preocupado com o que as outras pessoas pensam de você quando perceber como elas pensam pouco em você.

    poros de Sipróprio começavam a excretar burbom, de vez em quando evocava algum Blake, tipo o William mesmo,

    Acordo pré-nupcial do céu e do inferno,

    que foi que o cego disse quando passou pela peixaria, e sem esperar diz Ele solta um “Boa tarde, senhoras”.

    Como a maioria dos norte-americanos da sua geração, Hal tende a saber bem menos sobre os motivos que o levam a se sentir de determinadas maneiras quanto aos objetos e objetivos a que se devota do que sabe sobre os próprios objetos e objetivos. É difícil dizer com certeza se isso sequer é excepcionalmente ruim, essa tendência.

    Estou sentado num escritório, cercado de cabeças e corpos. Minha postura está conscientemente moldada ao formato da cadeira dura. Trata-se de uma sala fria da Administração da Universidade, com paredes revestidas de madeira e enfeitadas com Remingtons, janelas duplas contra o calor de novembro, insulada dos sons administrativos pela área da recepção à sua frente, onde o Tio Charles, o sr. deLint e eu tínhamos sido recebidos um pouco antes. Eu estou aqui.

    Petropolis Kahn, de dezesseis anos, vulgo “ML” para abreviar “Mamute Lanoso”, por ser tão peludo,

    Qualquer bola que caia no seu lado e seja muito difícil de determinar: diga que foi dentro. É assim que você fica invulnerável à marra dos outros jogadores. Que você mantém estreito o foco da sua atenção. É assim que você se ensina, quando um adversário de repente rouba nas bolas que triscaram a linha, a não esquecer que aqui se faz, aqui se paga. Que o castigo de um mau perdedor é sempre autoinfligido.

    O destino não tem bipe; o destino sempre fica ali encostadinho de capa de chuva num beco fazendo algum tipo de Psst que normalmente você nem ouve porque está correndo tanto para ou de alguma coisa importante que tentou produzir.

    “Quando eu estava bêbado eu queria ficar sóbrio e quando eu estava sóbrio eu queria ficar bêbado”, John L. diz; “Eu vivi desse jeito durante anos, e eu digo a vocês que isso não é vida, isso é uma porra de uma morte-em-vida.”

    i. e., quase nada de importante te acontece porque você produziu. O destino não tem bipe; o destino sempre fica ali encostadinho de capa de chuva num beco fazendo algum tipo de Psst que normalmente você nem ouve porque está correndo tanto para ou de alguma coisa importante que tentou produzir. O evento de escala destínica que aconteceu

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