"Nós não temos quinhentos anos pra viver.
Nós temos que comer.
Nós temos que olhar pela janela.
Nós temos que querer beber chá, sem querer de verdade, pra depois desistir.
Nós temos que fazer tudo isso em muito pouco tempo.
Nós temos que pensar todos os dias na morte.
(Mas essa é uma palavra muito sombria,
especialmente se enfiada no meio da enumeração de atividades tão cotidianas)
E nós amamos tanto a primeira pessoa do plural!
Ela é tão íntima e, ao mesmo tempo, tão impessoal.
Nós vamos dormir daqui a pouco."
Nós temos que comer.
Nós temos que olhar pela janela.
Nós temos que querer beber chá, sem querer de verdade, pra depois desistir.
Nós temos que fazer tudo isso em muito pouco tempo.
Nós temos que pensar todos os dias na morte.
(Mas essa é uma palavra muito sombria,
especialmente se enfiada no meio da enumeração de atividades tão cotidianas)
E nós amamos tanto a primeira pessoa do plural!
Ela é tão íntima e, ao mesmo tempo, tão impessoal.
Nós vamos dormir daqui a pouco."