"Retiro. Não sou crítica literária nem entendo de literatura, mas sei de um canto onde as palavras insistem em ser. Um canto de silêncio e mar, como uma barragem que não cessa de fazer frente a um oceano exigente e fugaz. A velhice não é pura sombra, e o amor, e sexo estão presentes no texto que é ruga no corpo, mas também na alma. O abandono de uma juventude por um triz perdida, mas que se refaz na família recuperada, no instante em que se mergulha na vida...
É assim 'Contos do 9o Andar'. Marina V. Medeiros refaz a vida através do gesto. O tempo da escrita é o tempo da letra, e não o das voltas da Terra em torno do Sol. Marina não pretende escapar ou negar esse pedaço de vida que carrega: 'porque hoje é sábado' (evoca Vinícius), e amanhã é domingo, e pulsa, ainda, o tempo e o desejo a querer mais.
Marina V. Medeiros fala de uma experiência: pessoal, verídica? Pouco importa. Fala como falam os escritores, que não são jovens ou velhos, que não são nada, pois a escrita se lhes impõe. Estamos diante de contos, histórias que desnudam a alma de uma escritora que habita o canto em que as palavras insistem em ser."
Clara de Góes
É assim 'Contos do 9o Andar'. Marina V. Medeiros refaz a vida através do gesto. O tempo da escrita é o tempo da letra, e não o das voltas da Terra em torno do Sol. Marina não pretende escapar ou negar esse pedaço de vida que carrega: 'porque hoje é sábado' (evoca Vinícius), e amanhã é domingo, e pulsa, ainda, o tempo e o desejo a querer mais.
Marina V. Medeiros fala de uma experiência: pessoal, verídica? Pouco importa. Fala como falam os escritores, que não são jovens ou velhos, que não são nada, pois a escrita se lhes impõe. Estamos diante de contos, histórias que desnudam a alma de uma escritora que habita o canto em que as palavras insistem em ser."
Clara de Góes