Política externa e meio ambiente
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Após acalorados debates, os conferencistas deliberaram também ser necessário criar o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), órgão com o papel de coordenar, divulgar e discutir temas ambientais.
Apesar das discussões em fóruns internacionais sobre “soberania relativa”, a proposta não encontra respaldo na tradição do Direito Internacional e das Relações Internacionais.
Foram os últimos dias, porém, que trouxeram os ataques mais fortes ao Brasil, inclusive as primeiras referências ao país como vilão ambiental.
As teses brasileiras levadas à Conferência podem ser assim resumidas: a poluição não é um conceito absoluto (como a soberania), mas relativo, e se a interferência humana sobre o meio ambiente fosse tomada em termos absolutos, seria necessário eliminar a humanidade; os países em desenvolvimento não são poluidores, apenas possuem pequenos cistos de poluição; nos países menos desenvolvidos, a degradação ambiental deriva da pobreza, que origina fenômenos como erosão do solo, favelas e queimadas.
A retórica oficial evidenciava a interpretação de que o movimento internacional refletia a vontade de conter o crescimento do Brasil e legitimar possíveis intervenções no país em nome de uma ordem ecológica que se construía à revelia dos países em desenvolvimento.