Ainda não se fez justiça à importância da obra do maestro Rogério Duprat (1932-2006) na história da música popular brasileira e, principalmente, na criação de trilhas musicais inovadoras para o cinema. Nesta biografia escrita pelo amigo e professor Máximo Barro, conta-se a história deste carioca radicado em São Paulo, de formação erudita, membro-fundador da Orquestra de Câmara de São Paulo. Até hoje é mais conhecido por seu envolvimento com o movimento tropicalista no final da década de 1960. Duprat arranjou canções de Gilberto Gil (em particular Domingo no Parque, no famoso Festival da Record), Caetano Veloso, Gal Costa, Nara Leão e Os Mutantes. Não à toa, muitas vezes foi chamado de o George Martin da Tropicália (referência ao homem por trás dos Beatles). Em 1979, trabalhou com Walter Franco e o grupo O Terço. Fez mais de 40 trilhas musicais para o cinema, em particular nos filmes do diretor Walter Hugo Khoury (Eros, Convite ao Prazer, O Anjo da Noite, As Deusas, As Amorosas, Noite Vazia, O Corpo Ardente, A Ilha e outros). Mas também Roberto Santos (O Homem Nu, Um Anjo Mau), Ramalho (Anuska, Filhos e Amantes), Fernando de Barros (A Arte de Amar Bem), Rodolfo Nanni (Cordélia, Cordélia), Anselmo Duarte (Um Certo Capitão Rodrigo). Mais um lançamento da Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, na sua proposta de resgate e preservação da memória cultural brasileira.
Rogério Duprat
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