Paulo Prado foi o principal organizador da Semana de Arte Moderna. Em sua breve carreira de historiador escreveu duas obras: Paulística (1925) e Retrato do Brasil (1928). Paulo Prado foi um elo entre a Geração de 70 de Portugal e os modernistas paulistas. Foi um dos principais produtores e exportadores mundiais de café, e exerceu grande influência em nome da oligarquia paulista. Sua tese sobre a história de São Paulo e do Brasil é de base racial, conforme com as teorias da época. Segundo ele, o paulista e o brasileiro são resultados de mesclas raciais específicas: o brasileiro é o resultado do português decadente, do índio lascivo e do negro corrompido pela escravidão, sendo inferior ao paulista, que descenderia do português heroico dos descobrimentos e do índio adaptado ao meio natural brasileiro: seria, portanto, uma mescla racial superior. Em decorrência, o Brasil deveria ser governado apenas pelos paulistas num sistema político sem as diluições liberais. O Modernismo, em sua concepção, expressaria nas artes esta visão da condição nacional.
Tietê, Tejo, Sena: a obra de Paulo Prado
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