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    Doentia maldade

    Por Daniel Martins de Barros
    Existem 6 citações disponíveis para Doentia maldade

    Sobre

    Dos Simpsons às novelas, o psicopata está em alta. Tanto barulho em torno dessa figura misteriosa vem da nossa dificuldade em admitir a existência da maldade no mundo. Assim como no passado atribuiu-se às bruxas a responsabilidade por trazer o mal para a Terra, hoje em dia toda a culpa está sendo direcionada para o mau funcionamento cerebral dos chamados psicopatas.
    O presente ensaio aborda a história do conceito de psicopatia, e levanta a hipótese de que a figura do psicopata preencha um anseio social, fornecendo uma aparentemente tranquilizadora explicação para a maldade. Tal utilização, contudo, leva a uma aplicação indevida e irresponsável desse diagnóstico, com consequências ruins para a sociedade, para a psiquiatria e para os próprios pacientes.
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    Citações de Doentia maldade

    A propensão ao mal seria atávica nessas pessoas, predispostas para a mentira, o crime e a crueldade, mas sem dirimir sua responsabilidade, já que, ficava claro, elas eram apenas anormais, não insanas.

    bode expiatório – algo ou alguém que encarne o mal sempre traz alívio para as pessoas, ao livrá-las de suas próprias culpas e, mais do que isso, reduzir a sensação de aleatoriedade da vida ao fornecer uma razão para os infortúnios.

    Esquirol criou no século XIX o diagnóstico de monomania. Neste tipo de loucura a razão era preservada quase integralmente, tendo como sintomas apenas obsessões constantes, ideias prevalentes e fantasiosas ou paranoia, imperceptíveis até o momento em que vinham à luz justamente num ato insano, não raramente um crime.

    “impulsividade e ausência de autocontrole; irresponsabilidade; charme superficial; grande inteligência e loquacidade; egocentrismo patológico, autovalorização e

    arrogância; incapacidade de amar; vida sexual impessoal; falta de sentimentos de culpa e de vergonha; falta de empatia nas relações pessoais; manipulação dos outros com mentiras; incapacidade para seguir qualquer plano de vida; conduta antissocial sem aparente arrependimento; ameaças de suicídio raramente cumpridas; incapacidade em aprender com a experiência” eram as características desses doentes, que, desnecessário seria dizer, eram “indignos de confiança”. 

    De fato essa é a tônica da obra: existem pessoas que superficialmente não demonstram qualquer distúrbio psiquiátrico mas que, sob aparente normalidade, escondem os psicopatas, mestres da manipulação e do engano, flanando em nosso meio sem serem notados, só à espreita para agredir, roubar, prejudicar ou fazer qualquer outra maldade em proveito próprio, indiferentes ao sofrimento alheio.

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