Informações dos mais diferentes tipos podem hoje ser acessadas de múltiplos pontos no espaço. As mesmas mídias que nos fornecem o acesso são também mídias de comunicação. Redes sem fio e, consequentemente, móveis são a tônica tecnológica do momento. Isso disponibiliza um tipo de comunicação ubíqua, pervasiva e, ao mesmo tempo, corporificada e multiplamente situada, que está também começando a se insinuar nos objetos cotidianos com tecnologia embarcada, a tão falada internet das coisas. Os atuais processos de comunicação se realizam em situações fluidas, múltiplas não apenas no interior das redes, como também nos deslocamentos espaço-temporais efetuados pelos indivíduos. Essa hipermobilidade conectada redunda em ubiquidade desdobrada: ubiquidade dos aparelhos, ubiquidade das redes, ubiquidade da informação, da comunicação, dos objetos e dos ambientes, ubiquidade das cidades, dos corpos e das mentes, ubiquidade da aprendizagem e da vida no escoar do tempo em que é vivida. Este livro examina, sob variados ângulos, como, em função da hipermobilidade, tornamo-nos seres ubíquos, intermitentemente presentes-ausentes, e quais os efeitos colaterais que tal condição acarreta.
Comunicação ubíqua: Repercussões na cultura e na educação
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