Encontram-se aqui reunidos, pela primeira vez em um único volume, os grandes autores da psicanálise, sua vida e sua obra. Verdadeiro instrumento de trabalho para o especialista e o estudante, este livro serve de guia às obras dos sete psicanalistas cujas perspectivas teórico-clínicas são indispensáveis a uma abordagem criteriosa do pensamento psicanalítico. Cada capítulo é consagrado a um autor, e compreende uma apresentação de sua vida e das idéias fundamentais em sua obra; uma seleção de excertos temáticos da obra; um quadro cronológico dos eventos importantes de sua vida e uma seleção bibliográfica. Sob a direção de Nasio, uma equipe de colaboradores dedicou-se à tarefa de modo rigoroso. 'Busquemos bem dizer o que já foi dito, e teremos a chance, talvez, de dizer algo novo.' Esta foi a perspectiva metodológica que orientou a elaboração deste livro. Sempre articulando a produção conceitutal ao veio fecundo da experiência clínica, os diversos colaboradores souberam evitar tanto a linearidade da ortodoxia quanto as simplificações caricatas, preservando assim a densidade inerente às obras tratadas. A estrutura eminentemente didática desta Introdução oferece uma visão global e sistematizada das principais teses que compõem o legado psicanalítico. Além de proporcionar um acesso às obras dos grandes nomes da psicanálise, os autores pretendem também que este seja um estímulo para que o leitor passe diretamente às fontes, voltando-se para os textos originais.
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Em lugar da condensação ainda impossível, surge o brincar: o brincar toma o lugar da associação no sentido analítico, da condensação, da palavra no lugar de outra, lugar atrapalhado pela angústia. O brincar faz ofício de metáfora, é sua oficina
O objetivo do recalcamento não é tanto evitar o desprazer que reina no inconsciente, mas evitar o risco extremo que o eu correria por satisfazer a exigência pulsional de maneira integral e direta.
Em 1909, todos três foram à América. Ferenczi, logo na entrada do porto de Nova York, foi tomado por vômitos: seria alguma coisa que houvesse comido? Freud disse: “Foi alguma coisa que ele pensou.” Jung, em contrapartida, afirmou: “É alguma coisa que ele pensa ter comido.” Mas quando, por sua vez, Freud e Jung vomitaram, Ferenczi declarou: “Não há dúvida de que foi alguma coisa que eu comi!”
Quando o desenvolvimento transcorre bem, o indivíduo torna-se capaz de enganar, de mentir, de transigir, de aceitar o conflito como um fato e de renunciar às idéias extremadas de perfeição e imperfeição, que tornam a vida intolerável. A capacidade de transigir não é o que caracteriza os loucos. O ser humano, em sua maturidade, não é nem tão gentil nem tão malvado quanto o imaturo. A água dentro do copo é lodosa, mas não é lama.10