Ler Roberto Campos e a Economia Brasileira é uma viagem numa proposta de superação do atraso econômico por meio de um Estado forte e intervencionista, mas com capacidade de gestão. Que não faz arroubos nacionalistas. Uma proposta que tem mais de 60 anos de idade, mas muito atual e perfeitamente aplicável ao Brasil no século XXI e que foi uma influência importante em estadistas notórios, de Juscelino Kubitscheck a Castelo Branco. Que teve efeitos práticos, cujos legados maiores são o Banco Central e o BNDES. Que fez parte do debate numa era em que de fato se debatia o que era necessário para atingir os níveis de vida das nações prósperas. O Brasil era mais pobre, mas, pelo menos, a política apontava para o horizonte distante do Primeiro Mundo. Hoje, nem isso.
Posteriormente, Roberto Campos abandonou-a pela distopia liberal. Porém, o livro mantém sua força. Temos uma radiografia completa da formação do liberalismo econômico no pós-ditadura, como as noções da escola austríaca de economia evoluíram no Brasil e um estudo exaustivo das políticas econômicas sob a crise econômica endêmica que se iniciou com a redemocratização, que persiste até hoje.
Posteriormente, Roberto Campos abandonou-a pela distopia liberal. Porém, o livro mantém sua força. Temos uma radiografia completa da formação do liberalismo econômico no pós-ditadura, como as noções da escola austríaca de economia evoluíram no Brasil e um estudo exaustivo das políticas econômicas sob a crise econômica endêmica que se iniciou com a redemocratização, que persiste até hoje.