We love eBooks
    Baixar Nunca houve um homem como Heleno pdf, epub, eBook

    Nunca houve um homem como Heleno

    Por Marcos Eduardo Neves
    Existem 3 citações disponíveis para Nunca houve um homem como Heleno

    Sobre

    Foram 39 anos de vida, 304 jogos como profissional e 249 gols. Heleno de Freitas era um turbilhão dentro dos campos – o grande ídolo do Botafogo na era pré-Garrincha, tendo jogado também pelo Fluminense, Vasco da Gama, Boca Juniors e pela Seleção Brasileira. Fora do gramado era um sedutor irresistível. De um amigo tricolor do Clube dos Cafajestes ganhou o apelido Gilda, que remetia à personagem de Rita Hayworth no filme homônimo de Charles Vidor: linda, glamourosa e temperamental. Atributos que se encaixavam perfeitamente em Heleno. O jogador teve uma vida intensa. Ídolo nos gramados e frequentador da alta sociedade carioca, era boêmio, perfeccionista, impulsivo e viciado em lança-perfume e éter. No fim da vida, sofrendo de sífilis e consumido pela doença, foi internado em um hospital psiquiátrico em Barbacena, Minas Gerais. Morreu, em 1959, em um sanatório, considerado louco. Nunca houve um homem como Heleno é a fascinante história de um craque-problema do futebol nacional.
    Baixar eBook Link atualizado em 2017
    Talvez você seja redirecionado para outro site

    Citações de Nunca houve um homem como Heleno

    Uma das máximas de Neném Prancha – “No futebol, o terceiro pé é a cabeça”

    Eu próprio reconheço que Heleno de Freitas não é bem um jogador, mas um personagem do futebol. Personagem tão rico que não se esgota em duas ou três crônicas, mas em oitocentas. Aliás, pensando melhor, diria que nem oitocentas crônicas o esvaziariam de sua riqueza folclórica. A mim, pessoalmente, a passagem de Heleno que mais me fascina é o possível romance do grande jogador com Evita. E, aliás, todo mundo reage da mesma forma, querendo o amor entre os dois. Vários me perguntam no meio da rua: “Mas o negócio da Evita é verdade?” Quem sou eu para testemunhar sobre um amor que muitos acham inverossímil? Por outro lado, eu me pergunto: “Inverossímil por quê?” Realmente, Heleno era um galã. Se não me engano, já contei aquele célebre episódio, ocorrido na visita do craque a uma casa de família, casa de um amigo. O amigo estava doente e Heleno foi visitá-lo. E, então, aconteceu o seguinte: todas as mulheres da casa, da avó à lavadeira, apaixonaram-se por ele. E por que, pergunto, Eva Perón não se apaixonaria também? Tudo começou porque, em todos os seus jogos, Heleno recebia uma braçada de rosas brancas. Eram sempre rosas e sempre brancas. Quem teve a primeira suspeita da primeira-dama? Não se sabe, nunca se sabe. Simplesmente, aquilo foi insinuado. E o que a princípio é boato logo se transforma em fato. Se houve esse amor, foi bonito como todos os amores secretos. Mas ninguém teve a certeza, e a dúvida tornava a coisa mais bonita. Em amores, é raro que o homem faça o que fez Eduardo VII, que, falando ao microfone, para o mundo disse: “A mulher que eu amo.” Evita era uma espécie de rainha. Podia não ser amada por um marido, mas era amada por todo um povo. “Seriam delas as rosas?”, pergunto. Segundo a minha vizinha, gorda e patusca: “Tudo é possível.” E também é possível o romance de Heleno. Digamos que ele foi um momento, e nada mais que um momento, na vida de uma grande mulher.1

    Como dizia o romancista francês Honoré de Balzac, “a fama é uma casa cuja cozinha não se vê”.

    Relacionados com esse eBook

    Navegar por coleções