Estes versos são versos pagãos de um amor que foi levado pelas mãos de Hermes psicopompo aos portões guardados por Hecate Propilaya; são elegias as musas, odes aos deuses efêmeros que governam os que já amaram e agora jazem perdidos sob a égide do mês de Janeiro, olhando o passado e o futuro como um só; sem esperança.
Estes versos foram escritos na chuva; porque sempre chove no reino dos sem amor; há pesadas nuvens negras no céu e um caixão sendo baixado; rezo meu amor defunto que me perdoeis por estes versos; porque se não encontrares abrigo entre estes céus que caem revoltosos, podes achar que é minha a culpa de te prender aqui com palavras; não, não é minha culpa. Vai-te, vai-te ave fria e agourenta que eu amei algum dia.
Vai com os corvos, que aqui estando vivo, danço sobre seu túmulo frio. Descanse em paz meu amor defunto; que os vermes te amem melhor do que eu amei.
Estes versos foram escritos na chuva; porque sempre chove no reino dos sem amor; há pesadas nuvens negras no céu e um caixão sendo baixado; rezo meu amor defunto que me perdoeis por estes versos; porque se não encontrares abrigo entre estes céus que caem revoltosos, podes achar que é minha a culpa de te prender aqui com palavras; não, não é minha culpa. Vai-te, vai-te ave fria e agourenta que eu amei algum dia.
Vai com os corvos, que aqui estando vivo, danço sobre seu túmulo frio. Descanse em paz meu amor defunto; que os vermes te amem melhor do que eu amei.