O sopro da palavra as cinquenta cores de um movimento perpétuo é um conjunto de cinquenta trabalhos visuais (quadros). A maioria dos trabalhos visuais foram realizados num período temporal longo de quase quinze anos dentro do mesmo modo de pensar e escrever: aquela forma de exteriorizar que pertence individualmente a cada um de nós e que nos distingue dos outros. O espontâneo e o pensado, o refletido e o provocado. O avanço e o recuo. O fazer e o não fazer. Tudo palavras que parecem sintetizar a emoção, o sentimento, aquilo que parece ter ocorrido no momento da concepção de cada trabalho visual. Quase todos realizados sobre madeira. Quase todos realizados a acrílico acompanhando a velocidade do pensamento e, por vezes, da escrita. O acrílico que fixa e não deixa refletir por muito tempo. O que tem de ser feito num ápice depois de algum tempo pensado. E isto é imagem e palavra delimitadas num tempo e num espaço concreto, progressivamente encerrados nos seus contornos e latitudes, numa inquietude iniciática provocada. Iniciática porque curiosa, experimental e descobridora de novas coisas, emoções, sentimentos, experiências. Provocada por algo dentro de mim que me impele a fazê-lo. Nada mais. Não me custa, não me é difícil. É provocada por isto: porque a complexidade assim a mandata. A complexidade das naturezas das coisas, das quais sou parte, integrante e desintegrante, consoante o bater do meu coração me leva para ali ou para aqui - mas sempre batendo na direção da paz, do amor, da compreensão e do positivo - equilibra a cor e a tinta de cada movimento na tela ou no papel.
O sopro da palavra
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