Apaixonados Anônimos não é um romance tradicional - o sarcasmo já começa no título: o ?Anônimos? tanto brinca com a referência ao Alcoólicos Anônimos (mas aqui temos adultos tentando se livrar do amor, como se fosse um vício), quanto o fato de não sabermos quem são exatamente os personagens. O autor, Gael Rodrigues, como num filme em que não revela o assassino, joga com o leitor: usando estruturas inovadoras de idas e vindas no tempo, constrói um personagem...para logo a frente descontruí-lo; induz o leitor a partir de seus preconceitos para após surpreendê-lo ou quando não nomeia o personagem-narrador (quem será esse personagem que estamos lendo?).
A personagem central (uma adulta desajustada que conversa e discute (!) consigo mesma (ou sua consciência seria o leitor alertando dos perigos de repetir os clichês de romances água-com-açucar?) encontra tantos outros no A.A. que num primeiro momentos não parecem em nada com ela...mas aos poucos se mostram que estão a procura do mesmo: se não do amor mas ao menos em se autoconhecer. Ou quem sabe, em ser um pouco menos anônimos para si mesmos.
A personagem central (uma adulta desajustada que conversa e discute (!) consigo mesma (ou sua consciência seria o leitor alertando dos perigos de repetir os clichês de romances água-com-açucar?) encontra tantos outros no A.A. que num primeiro momentos não parecem em nada com ela...mas aos poucos se mostram que estão a procura do mesmo: se não do amor mas ao menos em se autoconhecer. Ou quem sabe, em ser um pouco menos anônimos para si mesmos.