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    Dialética do esclarecimento

    Por Theodor Adorno
    Existem 15 citações disponíveis para Dialética do esclarecimento

    Sobre

    "A expressão 'indústria cultural' foi empregada pela primeira vez nesse livro, saudado como um clássico desde sua publicação em 1947."
    Jornal do Brasil

    "Melancólico, pessimista, iluminista, duro, datado, perene. Inegavelmente um livro com a marca deste século 20."
    Folha de S. Paulo

    "Uma longa digressão sobre a história do pensamento, mostrando como a mitologia se transforma em filosofia e depois em ciência, como o progresso técnico vira regressão ideológica e, finalmente, como a cultura serve de base para a barbárie fascista."
    Veja"

    Considerado como a pedra angular das ideias que tiveram por berço a Escola de Frankfurt, esse livro é uma crítica filosófica e psicológica de amplo espectro das categorias ocidentais da razão e da natureza, de Homero a Nietzsche.
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    Citações de Dialética do esclarecimento

    o mito já é esclarecimento e o esclarecimento acaba por reverter à mitologia.

    A unidade da coletividade manipulada consiste na negação de cada indivíduo;

    A distância do sujeito com relação ao objeto, que é o pressuposto da abstração, está fundada na distância em relação à coisa, que o senhor conquista através do dominado.

    O que nos propuséramos era, de fato, nada menos do que descobrir por que a humanidade, em vez de entrar em um estado verdadeiramente humano, está se afundando em uma nova espécie de barbárie.

    A técnica é a essência desse saber, que não visa conceitos e imagens, nem o prazer do discernimento, mas o método, a utilização do trabalho de outros, o capital.

    O antissemitismo enquanto movimento popular foi sempre aquilo que seus instigadores gostavam de censurar aos socialdemocratas: o nivelamento por baixo. Os que não têm nenhum poder de comando devem passar tão mal como o povo. Do funcionário alemão aos negros do Harlem, os ávidos prosélitos sempre souberam, no fundo, que no final não teriam nada senão o prazer de que os outros tampouco teriam mais que eles.

    O fato de que a demonstração de sua inutilidade econômica antes aumenta do que modera a força de atração da panaceia racista [völkisch] indica sua verdadeira natureza: ele não auxilia os homens, mas sua ânsia de destruição.

    Na fábrica, o fabricante tem sob os olhos seus devedores, os trabalhadores, e controla sua contrapartida antes mesmo de adiantar o dinheiro. O que na realidade se passou eles só percebem quando veem o que podem comprar em troca: o menor dos magnatas pode dispor de um quantum de serviços e bens como jamais pôde nenhum senhor antes; os trabalhadores, porém recebem o chamado mínimo cultural.

    O antissemitismo mostrou-se imune ao argumento da falta de rentabilidade. Para o povo, ele é um luxo.

    É verdade que os judeus batizados chegaram, na história da Europa e mesmo no Império alemão, a posições elevadas na administração e na indústria. Contudo, sempre tiveram de justificá-lo com redobrado devotamento, enorme aplicação e uma abnegação tenaz.

    A velhinha italiana que, em sua piedosa simplicidade, consagra uma vela a San Gennaro em favor do neto que partiu para a guerra, pode estar mais próxima da verdade do que os papas e os bispos que, imunes à idolatria, abençoam as armas contra as quais San Gennaro é impotente.

    Por causa do progresso econômico, que é hoje sua perda, os judeus foram sempre um espinho na carne dos artesãos e camponeses, que o capitalismo desclassificara.

    Mas os outros, que recalcavam esse pressentimento e, com má consciência; procuravam se persuadir do cristianismo como uma posse segura, tinham que buscar a confirmação de sua salvação eterna na desgraça terrena daqueles que não faziam o turvo sacrifício da razão. Eis aí a origem religiosa do antissemitismo. Os adeptos da religião do Pai são odiados pelos adeptos da religião do Filho porque acham que sabem tudo.

    Mas, para a simplicidade, a própria religião torna-se um sucedâneo da religião. Desde os primeiros dias, o cristianismo teve esse pressentimento, mas só os cristãos paradoxais, os antioficiais, de Pascal a Barth passando por Lessing e Kierkegaard, fizeram dele a pedra angular de sua filosofia. Nessa consciência, eles foram não somente os radicais, mas também os tolerantes.

    O que escandaliza os inimigos cristãos dos judeus é a verdade que resiste ao mal sem racionalizá-lo e retém a Ideia da beatitude imerecida contra o curso do mundo e a ordem da salvação, que deveriam pretensamente realizá-la. O antissemitismo deve confirmar a legitimidade do ritual da fé e da história, executando-o naqueles que o negam.

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