Recolocando em discussão, com sobriedade e elegância, as diversas tentativas de periodização dos escritos de Foucault (como, por exemplo, o esquema trifásico da Arqueologia, Genealogia e Ética), o livro de Márcio Alves da Fonseca elege como tema e fio condutor o problema da historicidade do sujeito e das experiências de constituição de uma consciência de si na cultura ocidental.
Sem excluir os textos teóricos anteriores, o trabalho se concentra principalmente nos escritos genealógicos de Foucault e retoma os temas do poder disciplinar, do dispositivo de sexualidade, enfim, das técnicas de controle e intervenção sobre os corpos com o propósito de construir, para uma emergente sociedade capitalista industrial, indivíduos dóceis, úteis e adaptáveis aos aparelhos de produção.
Márcio Alves da Fonseca leva o seu compromisso com Foucault para além da fidelidade exigida pelo rigor exegético no trato com os textos. Ele leva também a sério o engajamento de Foucault com o diagnóstico do presente. E é isso que constitui, a meu ver, um dos muitos méritos deste livro, além também do despojamento e da leveza do estilo.
Sem excluir os textos teóricos anteriores, o trabalho se concentra principalmente nos escritos genealógicos de Foucault e retoma os temas do poder disciplinar, do dispositivo de sexualidade, enfim, das técnicas de controle e intervenção sobre os corpos com o propósito de construir, para uma emergente sociedade capitalista industrial, indivíduos dóceis, úteis e adaptáveis aos aparelhos de produção.
Márcio Alves da Fonseca leva o seu compromisso com Foucault para além da fidelidade exigida pelo rigor exegético no trato com os textos. Ele leva também a sério o engajamento de Foucault com o diagnóstico do presente. E é isso que constitui, a meu ver, um dos muitos méritos deste livro, além também do despojamento e da leveza do estilo.