Quincas Borba é um livro realista. Na trama Pedro Rubião de Alvarenga, ex-professor na cidade de Barbacena, Minas Gerais, amigo e enfermeiro de Quincas Borba, filósofo que ao falecer nomeia o companheiro como seu herdeiro universal, sob a condição de manter, com todo amor e carinho, o seu cachorro do mesmo nome: Quincas Borba.
Com uma boa fortuna em seu nome e cheio de planos, Rubião parte de trem-de-ferro para morar na cidade do Rio de Janeiro. No percurso, conhece Cristiano de Almeida e Palha, e a sua tentadora esposa, Sofia. Como resultado desse encontro, Rubião apaixona-se pela dama do outro. Ela, ao perceber a ingenuidade do milionário, mesmo sem corresponder abertamente às suas investidas, usa a sensualidade para abocanhar-lhe a fortuna.
Com olhar atendo para a sociedade brasileira, Machado de Assis revela as paisagens humana e cultural da antiga cidade do Rio de Janeiro, através de uma narrativa refinada e brilhante. Tece profundas reflexões sobre as pessoas e sua condição de vida, a ganância e, principalmente, a profundidade psicológica de cada personagem. Um romance que expõe a caminhada de um homem demência, à loucura; há crítica social em todos os personagens.
Além da impecável estética, que faz de Quincas Borba um grande romance, soma-se dos suas figuras dramáticas - marca incontestável do estilo de Machado de Assis, que figura entre os primeiros escritores do Brasil no pódio da Literatura Universal.
Texto-fonte, publicado originalmente em folhetins, de 1886 a 1891, em A Estação. O livro foi publicado em volume pela Garnier, Rio de Janeiro, no mesmo ano de 1891, com substâncias diferenças com relação aos folhetins. Essa obra é justamente a edição em livro.
AS MIL VOZES DE MACHADO
Como a obra de Machado de Assis, graças ao seu humor ingênuo e ao refinamento estilístico, comunica-se com facilidade com leitores de todas as gerações. Marcado por uma linguagem original e muita criatividade, destaca em seus textos uma combinação tropical, provocante e atraente, especialmente, da sociedade urbana do final do século XIX, na cidade do Rio de Janeiro. Ou seja, cidadãos comuns sob uma perspectiva civilizada.
Crítico perspicaz, jocoso, mergulha em questões estéticas, políticas e religiosas, abordando diálogos decisivos para a compreensão do Realismo da Literatura Brasileira, que ganhou força e novos caminhos na pena de Joaquim Maria Machado de Assis para explorar outros horizontes.
Com seus ensaios, o escritor brasileiro passou a integrar a brilhante tradição de contistas da literatura ocidental, como o russo Anton Tchecóv ou o francês Guy de Maupassant, - ambos atuais. Autores que escreveram histórias curtas para retratar momentos reveladores do cotidiano e da psique das pessoas comuns, narrando fatias da vida.
Todo cidadão, cuja a língua pátria é o Português, deve ler seus autores com afinco e estudar o idioma de forma regular, onde quer que esteja. A eles sugiro que coloquem em suas listas de leitura, igualmente, livros de Machado de Assis, cuja rica obra será importante para a prática eficaz do idioma. Portanto, recomendo aos leitores percorrer a obra completa do autor, garimpando em seus vários livros de contos, outras preciosidades. Sem ele, contar a história da Literatura do Brasil é impossível.
Os ensaios de Machado de Assis são verdadeiras e surpreendentes novelas românticas com princípio, meio e fim ? nada a perder -, mostrando que entendia da alma humana como ninguém; um artista para todas as gerações.
O escritor fluminense, morto no início do século passado, atingiu o indiscutível status de clássico. É amado e referenciado pelas estrelas da literatura brasileira como nenhum outro. Deixou obras literárias que sobrevivem ao teste do tempo e falam com a atual geração de rebeldes e do rock, sem problemas. Através desse olhar leve e generoso para o passado, aos poucos, o leitor percebe que as palavras o ajudam a entender o mundo e, principalmente, a entender o que é, e não o que ele escolh
Com uma boa fortuna em seu nome e cheio de planos, Rubião parte de trem-de-ferro para morar na cidade do Rio de Janeiro. No percurso, conhece Cristiano de Almeida e Palha, e a sua tentadora esposa, Sofia. Como resultado desse encontro, Rubião apaixona-se pela dama do outro. Ela, ao perceber a ingenuidade do milionário, mesmo sem corresponder abertamente às suas investidas, usa a sensualidade para abocanhar-lhe a fortuna.
Com olhar atendo para a sociedade brasileira, Machado de Assis revela as paisagens humana e cultural da antiga cidade do Rio de Janeiro, através de uma narrativa refinada e brilhante. Tece profundas reflexões sobre as pessoas e sua condição de vida, a ganância e, principalmente, a profundidade psicológica de cada personagem. Um romance que expõe a caminhada de um homem demência, à loucura; há crítica social em todos os personagens.
Além da impecável estética, que faz de Quincas Borba um grande romance, soma-se dos suas figuras dramáticas - marca incontestável do estilo de Machado de Assis, que figura entre os primeiros escritores do Brasil no pódio da Literatura Universal.
Texto-fonte, publicado originalmente em folhetins, de 1886 a 1891, em A Estação. O livro foi publicado em volume pela Garnier, Rio de Janeiro, no mesmo ano de 1891, com substâncias diferenças com relação aos folhetins. Essa obra é justamente a edição em livro.
AS MIL VOZES DE MACHADO
Como a obra de Machado de Assis, graças ao seu humor ingênuo e ao refinamento estilístico, comunica-se com facilidade com leitores de todas as gerações. Marcado por uma linguagem original e muita criatividade, destaca em seus textos uma combinação tropical, provocante e atraente, especialmente, da sociedade urbana do final do século XIX, na cidade do Rio de Janeiro. Ou seja, cidadãos comuns sob uma perspectiva civilizada.
Crítico perspicaz, jocoso, mergulha em questões estéticas, políticas e religiosas, abordando diálogos decisivos para a compreensão do Realismo da Literatura Brasileira, que ganhou força e novos caminhos na pena de Joaquim Maria Machado de Assis para explorar outros horizontes.
Com seus ensaios, o escritor brasileiro passou a integrar a brilhante tradição de contistas da literatura ocidental, como o russo Anton Tchecóv ou o francês Guy de Maupassant, - ambos atuais. Autores que escreveram histórias curtas para retratar momentos reveladores do cotidiano e da psique das pessoas comuns, narrando fatias da vida.
Todo cidadão, cuja a língua pátria é o Português, deve ler seus autores com afinco e estudar o idioma de forma regular, onde quer que esteja. A eles sugiro que coloquem em suas listas de leitura, igualmente, livros de Machado de Assis, cuja rica obra será importante para a prática eficaz do idioma. Portanto, recomendo aos leitores percorrer a obra completa do autor, garimpando em seus vários livros de contos, outras preciosidades. Sem ele, contar a história da Literatura do Brasil é impossível.
Os ensaios de Machado de Assis são verdadeiras e surpreendentes novelas românticas com princípio, meio e fim ? nada a perder -, mostrando que entendia da alma humana como ninguém; um artista para todas as gerações.
O escritor fluminense, morto no início do século passado, atingiu o indiscutível status de clássico. É amado e referenciado pelas estrelas da literatura brasileira como nenhum outro. Deixou obras literárias que sobrevivem ao teste do tempo e falam com a atual geração de rebeldes e do rock, sem problemas. Através desse olhar leve e generoso para o passado, aos poucos, o leitor percebe que as palavras o ajudam a entender o mundo e, principalmente, a entender o que é, e não o que ele escolh