O então novo ciclo de canções do Pink Floyd parecia se basear na velha idéia do underground dos anos 1960, que afirmava que as doenças da humanidade eram refletidas em vidas individuais que haviam se tornado — para usar a frase de Richard Neville — “atormentadas, cinzentas, tolas e envoltas em trivialidades”. Ao elevar as invenções humanas, como tempo e dinheiro, a um plano em que elas acabaram por nos controlar, perdemos nosso conceito do que é ser humano — empáticos, compassivos, sociáveis —, e chegamos a uma maneira tão corrompida de pensar que a loucura estava próxima de se tornar uma conseqüência lógica. Para evitar esse destino, havia uma saída: nas palavras de Roger Waters, voltar para “uma espécie de ser gestalt — o rebelde ou a criança dentro de todos nós — que incorpora o que é valioso em nós, em nossa inocência, quando somos concebidos, e o que se torna subvertido com a vida”.