Com todos os encantos de seus palácios, bibliotecas, igrejas e museus, Florença – a antiga capital da Toscana às margens do rio Arno – é o mais importante cenário da história de Vittorio, que morreu para a existência humana aos 16 anos.
Jovem, rico, feliz, letrado, Vittorio di Raniari era apaixonado pelas pinturas dos grandes mestres da escola florentina, e sua formação completa de cavalheiro era ponto de honra para seu pai. Numa noite, entretanto, este se recusa a entregar crianças de suas terras a vampiros, provocando a ira dos seres das trevas. Eles se vingam dizimando, sem piedade, a família num ataque ao qual apenas Vittorio sobrevive.
Amadurecido pelo sofrimento, o menino vai em busca de socorro, e descobre a subserviência de uma cidade inteira aos vampiros da Corte do Graal de Rubi. Com a ajuda de anjos, destrói a macabra Corte e quase se liberta do mundo do mal, mas não resiste à paixão por Ursula – a sensual vampira que o põe a perder.
A bem fundamentada ambientação histórica, o caráter dos personagens – humanos, anjos e vampiros –, a exposição das vaidades, das misérias e dos jogos de sedução, a descrição minuciosa dos acontecimentos, entre outros aspectos, envolvem o leitor de forma inapelável. Vampiro que não foge da cruz, entra em igrejas, conversa com padres e anjos, mas que não pode se expor à luz do sol, Vittorio é uma vítima da própria inocência e de seu primeiro e único amor.
Vittorio, o vampiro (As Crônicas Vampirescas)
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