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    124 fábulas de Esopo

    Por Esopo
    Existem 10 citações disponíveis para 124 fábulas de Esopo

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    Uma tartaruga e uma lebre discutiam para saber quem era a mais veloz. Por isso, combinaram uma data para uma corrida e um local aonde deveriam chegar. No dia certo, partiram. A lebre, que contava com sua rapidez natural, não se preocupou com a corrida. Caiu à beira de uma estrada e adormeceu. Já a tartaruga, que se sabia quão lenta era, não perdeu tempo e, deixando a lebre dorminhoca para trás, venceu a aposta. O talentoso com preguiça perde para quem enfrenta a liça.
    (?A tartaruga e a lebre?)

    A verdadeira identidade de Esopo está recoberta por muitos mistérios. Mesmo assim, todos conhecem pelo menos uma das inúmeras histórias atribuídas a ele. Quem nunca ouviu falar do leão que foi salvo por um rato, ou da cigarra que cantava enquanto as formigas trabalhavam? Por meio de sagazes alegorias, Esopo expressou verdades universais. Para este livro foram selecionadas algumas de suas melhores e mais conhecidas fábulas, que vêm encantando e instruindo adultos e crianças há gerações. - L±
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    Citações de 124 fábulas de Esopo

    Quando Prometeu fez o homem, deu-lhe dois sacos para carregar: um com os defeitos alheios, o outro com os defeitos próprios. Os homens levam o primeiro na frente e o segundo atrás. Eis por que sempre estamos prontos a ver os defeitos dos outros, mas nunca percebemos os nossos.

    Não dá para ouvir os conselhos de quem não sabe cuidar de si mesmo.

    Muitos deixariam de ser valentes diante dos fortes se não estivessem em lugar seguro.

    Se, ao confiar em alguém, renuncias a tuas prerrogativas, tu te tornas presa fácil para os que até então te temiam.

    Em certas ocasiões, os sensatos são ultrapassados pelos piores imbecis.

    O reconhecimento do homem mau se limita a não causar um novo mal a quem lhe fez o bem.

    O lobo e a velha Um lobo faminto estava atrás do que comer quando ouviu uma velha dizer a uma criança que chorava: – Para de chorar, senão vou te entregar ao lobo. O lobo acreditou que a velha falava sério; parou e ficou à espera. Bem mais tarde, quando caiu a noite, ele ouviu de novo a velha falar. Ela acalentava o bebê e dizia: – Se o lobo vier, queridinho, nós o mataremos. Ouvindo isso, o lobo se foi dizendo: – Neste casebre, dizem uma coisa e fazem outra. Muitos homens fazem o mesmo.

    O lobo e o asno Promovido a chefe de sua raça, um lobo instituiu que, dali em diante, cada um devia colocar num determinado lugar o produto de sua caça, que iria ser dividido irmãmente por todos. Assim, a escassez de alimento não iria provocar mais nenhuma desavença entre eles. Nisso, um asno se aproximou e, balançando a crina, disse: – Bela ideia, sobretudo porque vem de um lobo. Mas por que deixaste no teu covil a presa que caçaste ontem? Vamos, o que estás esperando para dividi-la com os outros? E o lobo, sem saber o que dizer, aboliu a lei. Assim acontece com alguns: suas leis parecem justas, mas eles próprios não a respeitam.

    O avarento Um avarento juntou tudo o que tinha e transformou numa barra de ouro que enterrou em seu jardim: com ele enterrou também sua alma e todos os seus pensamentos. E desde então, diariamente, ia inspecionar seu tesouro. Um de seus empregados, observando aquele vaivém, viu logo de que se tratava; desenterrou a barra de ouro e levou-a. Pouco depois, o avarento foi fazer sua inspeção. Quando viu o buraco vazio, começou a se lamentar e a arrancar os cabelos. Vendo-o nesse estado, um transeunte perguntou o que tinha acontecido e, compreendendo o que afligia o avarento, disse-lhe: “Por que ficar assim tão desolado? Tinhas o ouro e ao mesmo tempo não o tinhas. Basta pôr uma pedra no lugar onde estava a barra de ouro e imaginar que ele está lá. Pelo que vejo, mesmo quando o ouro estava lá, não fazias uso dele”. Ter bens e não usufruí-los é o mesmo que não ter.

    O cabrito e o lobo Da casa em que se encontrava, um cabrito viu passar um lobo. Pôs-se a insultá-lo e a escarnecer-lhe. O lobo disse então: – O insulto não vem de ti, mas do lugar onde estás. Muitos deixariam de ser valentes diante dos fortes se não estivessem em lugar seguro.

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