Observei meus amigos e familiares chorando, se despedindo de meu corpo.
Ao lado do meu caixão estava uma dama de preto. Não era da minha família, não era minha amiga, e nem conhecida.
Eu olhei nos olhos da dama de preto. Seus olhos negros transformaram-se em duas estrelas. E nessas estrelas eu vi o meu passado. Vi tudo de bom que eu fiz. Também vi os meus pecados, que eram muitos.
A dama de preto me perguntou:
— Quer se arrepender de seus pecados? Ou deseja pagar por eles? – e após essa pergunta, avisou:
— O seu destino pós-morte depende dessa escolha.
Pensei, e respondi:
— Desejo pagar por meus pecados.
— Então vou levá-lo para o purgatório. Se escolhesse arrepender de seus pecados, teria de levá-lo para o inferno.
A dama de preto: e outros contos
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