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    A extraordinária viagem do Faquir que ficou preso num armário da Ikea

    Por Romain Puertolas
    Existem 12 citações disponíveis para A extraordinária viagem do Faquir que ficou preso num armário da Ikea

    Sobre



    A figura de um Faquir está associada a meditação, treinamento e magia. mas, no caso do Faquir Ajatashatru Ahvaka Singh, é mais provável que o público se depare com truques, embustes e trapaças. A última de suas artimanhas foi convencer sua aldeia a pagar por uma viagem à França para comprar - com uma nota falsa de 100 euros, impressa apenas de um lado - a Camadepregosa, uma cama de pregos para Faquir, vendida pela Ikea. Só que ele não contava em ficar preso dentro de um dos armários da loja. Nem que o móvel seria despachado para outro país. Assim, o Faquir e seu turbante partem para uma aventura, ainda que involuntária pelo mundo, fazendo uma turba de inimigos, alguns amigos e aprontado muitas confusões pelo caminho.
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    Citações de A extraordinária viagem do Faquir que ficou preso num armário da Ikea

    Desprovidos de seus bens, seus passaportes, suas identidades; aliás, talvez essa fosse enfim a última coisa que lhes restava. A honra. Por isso que eles partiam sozinhos, sem mulher nem filhos, para que nunca os vissem assim.

    Suponho que você não tenha nascido numa valise, Sr. A pata acha tudo na saca…

    Lamentou não dispor de um celular, como seu primo Raj Asdesh. A versão oficial era que um telepata não tinha necessidade disso; a versão oficiosa era que ele não tinha dinheiro suficiente; a verdadeira e inconfessável versão era que não tinha ninguém para quem telefonar.

    “Os bonitos são mais facilmente respeitados do que os feios”, pensou o indiano. “Eles exercem uma espécie de atração natural. Suscitam a admiração e a inveja nos outros homens. Um tipo de manipulação, de hipnose, sem truque. Nós os ouvimos porque, ao lado deles, nos sentimos patéticos.”

    não chegavam aos calcanhares de Aja. Ele, sim, é um homem de verdade. Um selvagem com os lábios perfurados. Bigodudo, olhar de Coca-Cola e pele parda. Diante dele, eu me sinto como uma garotinha. Nunca me senti tão protegida quanto na cantina da Ikea.

    Eu vivia na mentira, na falsidade, na enganação…

    O mundo é do tamanho de um lenço de bolso

    Ajatashatru não entendeu direito a alusão da francesa. Sem dúvida, tratava-se de um problema de tradução. Estaria ela querendo dizer que os indianos que vivem em Paris eram todos corretores imobiliários? Se tivesse ido passear no Champ-de-Mars para verificar essa informação, ele teria de qualquer modo cruzado mais com paquistaneses e bengaleses do que indianos, todos atarefados, vendendo, entre uma ronda policial e outra, chaveiros e outras miniaturas do monumento francês.

    Por que alguns tinham tudo e outros nada? Por que alguns viviam e outros, sempre os mesmos, só tinham o direito de se calar e morrer?

    Ajatashatru fingiu desligar a TV e se entregou à leitura do jornal. Incomodava-o deixar a televisão ligada quando não a assistia. A eletricidade era mercadoria rara em seu país. Ele percorreu um artigo na primeira página. O presidente da França se chamava Hollande. Olha só, que ideia estranha! Por acaso o presidente da Holanda se chama France? Esses europeus eram muito estranhos.

    Prova de que as coisas pequenas regem a vida, e os locais mais banais são por vezes o início de emocionantes aventuras.

    Naquela noite, verteu todas as lágrimas do seu corpo e do seu coração. E seus soluços foram ouvidos até na sua cidade, no Afeganistão. Acabara de perder um amigo, o único que tinha ali, e perdera de novo, com ele, a visão.

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