Como a sua pintura, a narrativa de Giselda Leirner define os personagens com pinceladas fortes, sem meios tons, os fundos carregados de camadas sobre camadas de um 'fatalisme' trágico-solene, espada de Dâmocles sobre as nossas cabeças de fim de milênio.
Em verdade, trata-se de um conto único um personagem-eixo com desdobramentos. O duplo é o artifício de ver e ver-se, criticar e ser criticado, no que a Autora mostrou-se hábil e extremamente lúcida, coisas de escritor experimentado conhecedor do métier.
O 'kaleidos' de seus contos nos conduz a deslumbrantes imagens de um mesmo mote: A falibilidade da condição humana perante o tempo imutável da História. E dentro dela as oscilações dos personagens, da miséria à grandeza, da mesquinharia à generosidade, do grotesco ao arabesco.
Belo jogo de cena, marcantes e personagens, estupenda urdidura-trama-ação. Um livro extremamente elaborado, conclamando uma leitura aprofundada.
M.O.
Em verdade, trata-se de um conto único um personagem-eixo com desdobramentos. O duplo é o artifício de ver e ver-se, criticar e ser criticado, no que a Autora mostrou-se hábil e extremamente lúcida, coisas de escritor experimentado conhecedor do métier.
O 'kaleidos' de seus contos nos conduz a deslumbrantes imagens de um mesmo mote: A falibilidade da condição humana perante o tempo imutável da História. E dentro dela as oscilações dos personagens, da miséria à grandeza, da mesquinharia à generosidade, do grotesco ao arabesco.
Belo jogo de cena, marcantes e personagens, estupenda urdidura-trama-ação. Um livro extremamente elaborado, conclamando uma leitura aprofundada.
M.O.