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    A Gaivota e O Pequeno Princípe

    Por R. Freitas

    Sobre

    ?Em um lugar muito distante daqui, por quilômetros e quilômetros de areia branca a beira de um mar de um azul profundo cor do céu, próximo ao fim do mundo, vivia um bando de gaivotas a existir suas vidas da forma que sempre viveram, ao amanhecer levantavam vôo até os barcos pesqueiros e ficavam esperando a hora de se banquetear com as sobras de peixes, cabeças e vísceras que os pescadores jogavam no mar, depois voltavam para a praia e ficavam a grasnar sobre como tinham se alimentado pela manhã, assim ficavam até o momento de se alimentarem de novo ao final da tarde, desta forma viviam as suas vidas, porque aprenderam a existir daquela maneira na habilidade, feição, gestos, era de sua natureza aquele modo de viver e não se atreviam a vivê-la de outro jeito, pois aquele que se atrevesse a fazê-lo seria expulso do bando, e pelo medo do desconhecido ninguém se arriscava.
    Mas naquele tempo nasceu uma gaivota diferente de seus pares, seus pais logo perceberam que a filha não agia da mesma forma que seus irmãos. Logo no primeiro dia de treinamento para aprender a voar, saiu da formação e começou a voar mais alto que todos, foi lhe chamada atenção, e levou uma baita reprimenda do pai e da mãe.
    - Você tem que fazer como todos fazem, e descobrir onde estão os pescadores para poder se alimentar.
    A princípio acatou e obedeceu aos pais como todos os filhos devem fazer quando começam a vida, mas aquela gaivota tinha algo de especial dentro de si, - Ela gostava de voar. E, as escondidas praticava os voos, altos, baixo, rápidos, planando ou em alta velocidade, isso lhe dava todos os motivos para viver feliz, isso alimentava seu espírito. Quando seus pais descobriram que Gaivota continuava com aquela loucura de aprender novas formas de voos a repreenderam novamente, mas desta vez não adiantou.
    - Veja minha filha! Você é só pele e pena, não se alimenta direito. Lamentou a mãe com olhar tristonho ao vê-la naquela situação.
    - Não se preocupe mãe e pai, eu gosto mesmo é de voar, sou feliz assim, já apreendi muitas coisas, deixem que eu viva desta forma, aprendendo com meus acertos e erros, se quiser posso lhes ensinar o que apreendi.
    - Estamos velhos demais para apreender alguma coisa minha filha.
    - Nunca é tarde para aprender senhor meu pai.
    Mesmo contrariado os pais deixaram Gaivota seguir com sua vida, e lá se foi ela subindo e descendo pelos ares, entre os fracassos e os acertos estava aprimorando suas acrobacias; voos rasantes, planando, a cada dia que passava ficava feliz consigo mesmo, estava apreendendo coisas novas que gaivota nenhum tinha feito em toda a sua existência, pensava em ensinar a todos do bando as novas técnicas de voar. Mas o que ela não sabia é que algumas gaivotas, principalmente as mais velhas, reprovavam aquela vida que estava levando, pois as mudanças para os mais velhos sempre é difícil de aceitar, e logo o descontentamento foi se espalhando pelo bando, pois as coisas boas logo se esquecem, e as coisas más tem o incrível poder de se alastrar e perpetuar por longo tempo, mas que no final sempre são vencidas.
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