«A História do Coelho Mau» é um livro para crianças muito pequenas, a partir dos dois anos de idade. A história é muito simples, pouco mais que uma explicação das ilustrações. Há um coelho mau, um coelho bom, um caçador... As imagens não podiam ser mais graciosas. Como os outros desenhos de animais da autoria de Beatrix Potter, os desta história são realistas e inspirados na observação. Depois de ajudar os pais a habituar as crianças às primeiras histórias, «A História do Coelho Mau» é muitas vezes dos primeiros livros que estas conseguem ler por si mesmas.
Segundo conta a autora, o livro foi escrito a pedido da filha de um dos seus editores, que achava que o Pedrito Coelho ? o herói do superêxito de Beatrix Potter, que no livro aparece como um coelho seriamente traquinas ? na realidade não era assim muito mau, e ela queria uma história de um coelho mesmo mesmo malvado.
Quando foi publicado pela primeira vez, em Inglaterra, em 1906, o editor e a autora escolheram um formato especial, diferente daquele com que Beatrix Potter já tinha tido vários êxitos, a começar pelas «Aventuras de Pedrito Coelho». Este novo formato, chamado «em acordeão», não foi apreciado pelos livreiros, que se queixavam que os livros eram difíceis de guardar e se estragavam com facilidade. Por esta razão, ao fim de alguns anos, a autora e a editora, a Frederick Warne, desistiram e passaram-no para o formato regular, justamente com o outro livro deste tipo que saíra em 1906. No conjunto dos livros para crianças de Beatrix Potter, «A História do Coelho Mau» costuma aparecer a par de outros cinco muito breves ou inacabados, que a Livros sem Papel já publicou ou publicará em breve. O tamanho não é qualidade estética, e todos estes livros estão entre os mais atraentes visualmente da autora e ilustradora inglesa. «O Velho Gato Manhoso» (no original «The Sly Old Cat»), por exemplo, tem algumas das aguarelas mais modernas que nos deixou.
Beatrix Potter nasceu em Londres em 1866 numa família rica típica da Inglaterra vitoriana. O pai, um advogado ao que tudo indica pouco laborioso na sua profissão, interessava-se por arte com alguma seriedade e cuidou de que Beatrix e o irmão, Bertram, tivessem, se não aulas formais, pelo menos um contacto sério e continuado com museus e também com galerias que expunham obras contemporâneas. Havia além disso na família o hábito de pintar e desenhar, a que se juntou o de fazer fotografia, que o pai dos dois muito apreciava. Por esta razão, há mais documentos fotográficos sobre Beatrix Potter, da juventude à velhice, que da maior parte das personalidades conhecidas do seu tempo.
Beatrix Potter nunca andou na escola, apenas estudou em casa com precetoras, e essa falta explica algumas fraquezas técnicas das suas ilustrações. Por outro lado talvez seja também a razão da frescura e da inocência de uma das autoras de livros infantis mais bem-sucedidas de todos os tempo. Foi uma das preferidas de Maurice Sendak, por exemplo, para não falar de milhões de crianças que ao longo de mais de cem anos nunca deixaram de gostar dos seus livros.
Segundo conta a autora, o livro foi escrito a pedido da filha de um dos seus editores, que achava que o Pedrito Coelho ? o herói do superêxito de Beatrix Potter, que no livro aparece como um coelho seriamente traquinas ? na realidade não era assim muito mau, e ela queria uma história de um coelho mesmo mesmo malvado.
Quando foi publicado pela primeira vez, em Inglaterra, em 1906, o editor e a autora escolheram um formato especial, diferente daquele com que Beatrix Potter já tinha tido vários êxitos, a começar pelas «Aventuras de Pedrito Coelho». Este novo formato, chamado «em acordeão», não foi apreciado pelos livreiros, que se queixavam que os livros eram difíceis de guardar e se estragavam com facilidade. Por esta razão, ao fim de alguns anos, a autora e a editora, a Frederick Warne, desistiram e passaram-no para o formato regular, justamente com o outro livro deste tipo que saíra em 1906. No conjunto dos livros para crianças de Beatrix Potter, «A História do Coelho Mau» costuma aparecer a par de outros cinco muito breves ou inacabados, que a Livros sem Papel já publicou ou publicará em breve. O tamanho não é qualidade estética, e todos estes livros estão entre os mais atraentes visualmente da autora e ilustradora inglesa. «O Velho Gato Manhoso» (no original «The Sly Old Cat»), por exemplo, tem algumas das aguarelas mais modernas que nos deixou.
Beatrix Potter nasceu em Londres em 1866 numa família rica típica da Inglaterra vitoriana. O pai, um advogado ao que tudo indica pouco laborioso na sua profissão, interessava-se por arte com alguma seriedade e cuidou de que Beatrix e o irmão, Bertram, tivessem, se não aulas formais, pelo menos um contacto sério e continuado com museus e também com galerias que expunham obras contemporâneas. Havia além disso na família o hábito de pintar e desenhar, a que se juntou o de fazer fotografia, que o pai dos dois muito apreciava. Por esta razão, há mais documentos fotográficos sobre Beatrix Potter, da juventude à velhice, que da maior parte das personalidades conhecidas do seu tempo.
Beatrix Potter nunca andou na escola, apenas estudou em casa com precetoras, e essa falta explica algumas fraquezas técnicas das suas ilustrações. Por outro lado talvez seja também a razão da frescura e da inocência de uma das autoras de livros infantis mais bem-sucedidas de todos os tempo. Foi uma das preferidas de Maurice Sendak, por exemplo, para não falar de milhões de crianças que ao longo de mais de cem anos nunca deixaram de gostar dos seus livros.
