Alexa é uma jovem e promissora bailarina que sofre um acidente e fica em cadeira de rodas.
Só que ela não se entrega, sabe que viver ainda é a melhor vingança. Mas sonhar, tirar os pés do chão: meu Deus, como se faz isso?
Vive a comparar sua vida com a lagarta no jardim, sempre agarrada às folhas e voraz.
Arrastando-se por coisas vãs, possuindo e sendo possuída por elas.
Pensa que essa lagarta não é boa nem má: é uma lagarta.
Se destrói o verde, vai tentar se redimir pelo resto da vida, borboleta.
À noite, Alexa vive o seu lado escuro. É ela agora que se arrasta sobre lençóis.
O mal faz bem. As pessoas são folhas, sempre devoradas.
E folhas suficientes naquela casa. Mãe Maria, Taís, Berenice, Paula, Silvia, Lola e também a governanta.
E logo começa a voragem.
Para proteger a futura borboleta, Alexa esconde a pequena ninfa em sua crisálida íntima. Entre as pernas e o delta púbico.
A partir daí, começa sua outra e insólita fase de mulher. Metamorfose, agora colorida e de asas.
Asas, sim, verdadeiras e reais.
Só que ela não se entrega, sabe que viver ainda é a melhor vingança. Mas sonhar, tirar os pés do chão: meu Deus, como se faz isso?
Vive a comparar sua vida com a lagarta no jardim, sempre agarrada às folhas e voraz.
Arrastando-se por coisas vãs, possuindo e sendo possuída por elas.
Pensa que essa lagarta não é boa nem má: é uma lagarta.
Se destrói o verde, vai tentar se redimir pelo resto da vida, borboleta.
À noite, Alexa vive o seu lado escuro. É ela agora que se arrasta sobre lençóis.
O mal faz bem. As pessoas são folhas, sempre devoradas.
E folhas suficientes naquela casa. Mãe Maria, Taís, Berenice, Paula, Silvia, Lola e também a governanta.
E logo começa a voragem.
Para proteger a futura borboleta, Alexa esconde a pequena ninfa em sua crisálida íntima. Entre as pernas e o delta púbico.
A partir daí, começa sua outra e insólita fase de mulher. Metamorfose, agora colorida e de asas.
Asas, sim, verdadeiras e reais.