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    A maleta do meu pai

    Por Orhan Pamuk
    Existem 5 citações disponíveis para A maleta do meu pai

    Sobre

    A maleta do meu pai reúne os discursos proferidos por Orhan Pamuk por ocasião do recebimento dos prêmios Nobel (2006) e Friedenspreis (2005) e na Conferência Puterbaugh (2006). Três relatos apaixonados de uma visão aguda, intimista e ao mesmo tempo absolutamente real do processo de criação do texto literário, da condição de escritor e do significado da arte.

    No primeiro discurso, que Pamuk escreveu para a solenidade de entrega do prêmio Nobel, essa visão é enriquecida pelas lembranças de sua relação com o pai, o terreno onde se ergueram as primeiras pontes para a literatura, ainda que a consciência da força dessa influência só tenha se realizado muito mais tarde.

    Nesse como nos dois outros discursos, Pamuk expõe o caminho que percorreu na literatura e no mundo: do sentimento de exclusão e da ânsia de se sentir aceito e integrado pelo "outro" à aceitação do próprio universo com todas as suas limitações como o centro irradiador de sua vida, de seu talento e da marca única que ele imprime no mundo.

    As palavras do autor aqui reunidas compõem um delicado testemunho da matéria viva de que é feita a escrita, e por extensão a arte - expressão luminosa daquilo que é universalmente mais íntimo, mais fundo e mais escuro no ser humano.

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    Citações de A maleta do meu pai

    Escrevo porque só consigo participar da vida real quando a modifico.

    O segredo do escritor não é a inspiração — pois nunca fica claro de onde ela vem —, mas a sua teimosia, a sua paciência.

    O que a literatura precisa contar e investigar, acima de tudo, são os medos básicos da humanidade: o medo de ficar de fora, o medo de não ser levado em conta, e o sentimento de falta de valor que decorre desses medos; de um lado as humilhações, as vulnerabilidades, as desfeitas, os ressentimentos, as suscetibilidades e os insultos imaginários que atingem a coletividade; e

    Para tornar-se escritor, paciência e empenho não bastam: a pessoa, antes, precisa sentir-se compelida a evitar multidões, as outras pessoas e os assuntos da vida ordinária de todo dia, recolhendo-se e ficando em silêncio. Ansiamos por paciência e esperança que nos permitam criar um universo profundo na escrita. Mas o desejo de recolhimento é o que nos impele à ação.

    O ponto de partida da verdadeira literatura é o homem que fecha a porta e se recolhe com seus

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