A MÃO E A LUVA é o segundo romance de Machado de Assis, 1874. Nitidamente romântico gira em torno de um namoro complexo para os padrões burgueses da época, mas de solução simples e previsível. Guiomar, uma encantadora adolescente de 17 anos de idade, afilhada de uma baronesa rica, tem três pretendentes: Estevão (sentimental); Jorge (calculista); Luís Alves (ambicioso) que passa a admirar a moça com o decorrer do tempo.
Outro ponto alto da obra é o destaque das personagens femininas: Guiomar pela complexidade de seu caráter, moça altiva e segura de si, que procura, com frieza e calculismo, realizar o ambicioso plano de ascender socialmente, compensando a sua origem modesta. A inglesa Mrs. Oswald pela astúcia e verossimilhança e a Baronesa com seu espírito maternalmente compreensivo e prático.
Machado é considerado um clássico, sendo lembrado ao lado de Luís de Camões e William Shakespeare.
AS MIL VOZES DE MACHADO. Como a obra de Machado de Assis, graças ao seu humor ingênuo e ao refinamento estilístico, comunica-se com facilidade com leitores de todas as gerações. Marcado por uma linguagem original e muita criatividade, destaca em seus textos uma combinação tropical, provocante e atraente, especialmente, da sociedade urbana do final do século XIX, na cidade do Rio de Janeiro. Ou seja, cidadãos comuns sob uma perspectiva civilizada.
Crítico perspicaz, jocoso, mergulha em questões estéticas, políticas e religiosas, abordando diálogos decisivos para a compreensão do Realismo da Literatura Brasileira, que ganhou força e novos caminhos na pena de Joaquim Maria Machado de Assis para explorar outros horizontes.
Com seus ensaios, o escritor brasileiro passou a integrar a brilhante tradição de contistas da literatura ocidental, como o russo Anton Tchecóv ou o francês Guy de Maupassant, - ambos atuais. Autores que escreveram histórias curtas para retratar momentos reveladores do cotidiano e da psique das pessoas comuns, narrando fatias da vida.
Todo cidadão, cuja a língua pátria é o Português, deve ler seus autores com afinco e estudar o idioma de forma regular, onde quer que esteja. A eles sugiro que coloquem em suas listas de leitura, igualmente, livros de Machado de Assis, cuja rica obra será importante para a prática eficaz do idioma. Portanto, recomendo aos leitores percorrer a obra completa do autor, garimpando em seus vários livros de contos, outras preciosidades. Sem ele, contar a história da Literatura do Brasil é impossível.
Os ensaios de Machado de Assis são verdadeiras e surpreendentes novelas românticas com princípio, meio e fim ? nada a perder -, mostrando que entendia da alma humana como ninguém; um artista para todas as gerações.
O escritor fluminense, morto no início do século passado, atingiu o indiscutível status de clássico. É amado e referenciado pelas estrelas da literatura brasileira como nenhum outro. Deixou obras literárias que sobrevivem ao teste do tempo e falam com a atual geração de rebeldes e do rock, sem problemas. Através desse olhar leve e generoso para o passado, aos poucos, o leitor percebe que as palavras o ajudam a entender o mundo e, principalmente, a entender o que é, e não o que ele escolhe ser.
O século pode ser outro, certamente. Mas, os interesses e os questionamentos continuam os mesmos.
Welington Almeida Pinto
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Outro ponto alto da obra é o destaque das personagens femininas: Guiomar pela complexidade de seu caráter, moça altiva e segura de si, que procura, com frieza e calculismo, realizar o ambicioso plano de ascender socialmente, compensando a sua origem modesta. A inglesa Mrs. Oswald pela astúcia e verossimilhança e a Baronesa com seu espírito maternalmente compreensivo e prático.
Machado é considerado um clássico, sendo lembrado ao lado de Luís de Camões e William Shakespeare.
AS MIL VOZES DE MACHADO. Como a obra de Machado de Assis, graças ao seu humor ingênuo e ao refinamento estilístico, comunica-se com facilidade com leitores de todas as gerações. Marcado por uma linguagem original e muita criatividade, destaca em seus textos uma combinação tropical, provocante e atraente, especialmente, da sociedade urbana do final do século XIX, na cidade do Rio de Janeiro. Ou seja, cidadãos comuns sob uma perspectiva civilizada.
Crítico perspicaz, jocoso, mergulha em questões estéticas, políticas e religiosas, abordando diálogos decisivos para a compreensão do Realismo da Literatura Brasileira, que ganhou força e novos caminhos na pena de Joaquim Maria Machado de Assis para explorar outros horizontes.
Com seus ensaios, o escritor brasileiro passou a integrar a brilhante tradição de contistas da literatura ocidental, como o russo Anton Tchecóv ou o francês Guy de Maupassant, - ambos atuais. Autores que escreveram histórias curtas para retratar momentos reveladores do cotidiano e da psique das pessoas comuns, narrando fatias da vida.
Todo cidadão, cuja a língua pátria é o Português, deve ler seus autores com afinco e estudar o idioma de forma regular, onde quer que esteja. A eles sugiro que coloquem em suas listas de leitura, igualmente, livros de Machado de Assis, cuja rica obra será importante para a prática eficaz do idioma. Portanto, recomendo aos leitores percorrer a obra completa do autor, garimpando em seus vários livros de contos, outras preciosidades. Sem ele, contar a história da Literatura do Brasil é impossível.
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O escritor fluminense, morto no início do século passado, atingiu o indiscutível status de clássico. É amado e referenciado pelas estrelas da literatura brasileira como nenhum outro. Deixou obras literárias que sobrevivem ao teste do tempo e falam com a atual geração de rebeldes e do rock, sem problemas. Através desse olhar leve e generoso para o passado, aos poucos, o leitor percebe que as palavras o ajudam a entender o mundo e, principalmente, a entender o que é, e não o que ele escolhe ser.
O século pode ser outro, certamente. Mas, os interesses e os questionamentos continuam os mesmos.
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