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    A Mensagem

    Por Fernando Pessoa
    Existem 12 citações disponíveis para A Mensagem

    Sobre

    "A mensagem" ("The Message") is a poetry work by Fernando Pessoa, in 1934. It was his sole portuguese work published before dying in 1935. The book is a reflection on Portugal, its history, achievements, decadence, and future. Beyond the beauty of the poems, "A mensagem" is also highly symbolic and mystic, with clear resonances of "sebastianismo". "A mensagem" é um trabalho de poesia por Fernando Pessoa, datado de 1934. Foi o único trabalho de poesia em português publicado em vida, antes da sua morte em 1935. O livro é uma reflecção sobre Portugal, a sua história, feitos, decadência, e futuro. Além da beleza dos poemas, "A mensagem" é também altamente simbólica e mística, com clara ligação ao "sebastianismo".
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    Citações de A Mensagem

    Sem a loucura que é o homem Mais que a besta sadia, Cadáver adiado que procria?

    Foi por não ser existindo. Sem existir nos bastou. Por não ter vindo foi vindo E nos criou.

    Ninguém sabe que coisa quer. Ninguém conhece que alma tem, Nem o que é mal nem o que é bem. (Que ânsia distante perto chora?) Tudo é incerto e derradeiro. Tudo é disperso, nada é inteiro. Ó Portugal, hoje és nevoeiro…

    mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram,

    Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor.

    Senhor, a noite veio e a alma é vil. Tanta foi a tormenta e a vontade! Restam-nos hoje, no silêncio hostil, O mar universal e a saudade.

    Claro em pensar, e claro no sentir, É claro no querer; Indiferente ao que há em conseguir Que seja só obter; Dúplice dono, sem me dividir, De dever e de ser — Não me podia a Sorte dar guarida Por não ser eu dos seus. Assim vivi, assim morri, a vida, Calmo sob mudos céus, Fiel à palavra dada e à idéia tida. Tudo o mais é com Deus!

    Os Deuses vendem quando dão. Comprase a glória com desgraça. Ai dos felizes, porque são Só o que passa! Baste a quem baste o que Ihe basta O bastante de Ihe bastar! A vida é breve, a alma é vasta: Ter é tardar. Foi com desgraça e com vileza Que Deus ao Cristo definiu: Assim o opôs à Natureza E Filho o ungiu.

    Mas a chama, que a vida em nós criou, Se ainda há vida ainda não é finda. O frio morto em cinzas a ocultou: A mão do vento pode erguê-la ainda. Dá o sopro, a aragem — ou desgraça ou ânsia — Com que a chama do esforço se remoça, E outra vez conquistaremos a Distância — Do mar ou outra, mas que seja nossa!

    Que nau, que armada, que frota Pode encontrar o caminho A praia onde o mar insiste, Se à vista o mar é sozinho?

    A vida é breve, a alma é vasta: Ter é tardar.

    PRIMEIRO / O DOS CASTELOS A Europa jaz, posta nos cotovelos: De Oriente a Ocidente jaz, fitando, E toldam-lhe românticos cabelos Olhos gregos, lembrando. O cotovelo esquerdo é recuado; O direito é em ângulo disposto. Aquele diz Itália onde é pousado; Este diz Inglaterra onde, afastado, A mão sustenta, em que se apoia o rosto. Fita, com olhar sphyngico e fatal, O Ocidente, futuro do passado. O rosto com que fita é Portugal.

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