Este livro procura mostrar que a formação da ideia de Brasil-nação acompanhou e expressou a formação e o desenvolvimento do país concreto, numa relação que se aproximaria da formulação hegeliana de país para si e país em si. É uma tentativa original e fundamentada de oferecer visão de conjunto do chamado ensaio de interpretação do Brasil durante o século XIX, gênero cujo fiat coincide com o desenvolvimento da ideia de nação, com todo o seu potencial de mobilização cultural e política.A análise se desdobra a partir de três aspectos: a construção do tema nacional, em Varnhagen a aquisição de uma linguagem de corte subjetivista, em Joaquim Nabuco e o relacionamento entre ciência e literatura, em Euclides da Cunha. Para ilustrar as mutações e impasses enfrentados por esse tipo de formato ensaístico, ela realça a opção pela abordagem que abrange as seguintes obras de referência: História Geral do Brasil (1854), de Varnhagen, O Abolicionismo (1883), de Joaquim Nabuco, Os Sertões (1902), de Euclides da Cunha.A nação se concebe com ciência e arte: Três momentos do ensaio de interpretação do Brasil no Século XIX articula um diálogo entre obras e os autores afastados no tempo, mas ainda inteiramente atuais em suas contribuições estéticas e teóricas. Tudo com vistas a reconstituir o percurso da interpretação do Brasil, principalmente em seu enlace com a chamada questão nacional, finalidade mais ampla do trabalho. Trata-se de texto destinado a transcender os limites do espaço universitário onde teve sua gênese. Especialmente nestes tempos em que a voz das ruas exige ? em atos que reúnem multidões ? que o país, além de assegurar os espaços de participação democrática e justiça social para seu povo, também seja capaz de construir as condições de exercício da sua independência e soberania.
A Nação se concebe por ciência e arte
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