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    A Neurobiologia do Processamento de Informação e seus Transtornos: Implicações para a Terapia EMDR e outras Psicoterapias

    Por Uri Bergmann
    Existem 11 citações disponíveis para A Neurobiologia do Processamento de Informação e seus Transtornos: Implicações para a Terapia EMDR e outras Psicoterapias

    Sobre

    Este livro apresenta o que há de mais atualizado em termos de pesquisa das bases neurais da consciência e o EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing ? Dessensibilização e Reprocessamento por meio do Movimento Ocular) no que diz respeito a questões de apego, estresse traumático e dissociação. É o primeiro livro a integrar de forma abrangente os novos achados em processamento de informação, consciência, transtornos traumáticos de processamento de informação, trauma crônico e comprometimentos autoimunes, e as implicações destes dados para o modelo de Processamento Adaptativo de Informação (PAI) e para o tratamento com terapia EMDR.

    O texto examina o processamento de informação online/desperto, incluindo sensação, percepção, integração somatossensorial, cognição, memória, linguagem e motricidade; e também o processamento de informação off-line/adormecido, tal como o sono de ondas lentas e o processamento cognitivo de memória, assim como o sono REM/sonho e suas funções no processamento de memória emocional. O livro também aborda transtornos de consciência, incluindo coma, anestesia e outros transtornos neurológicos, particularmente os transtornos de TEPT tipo I (Transtornos de Estresse Pós-Traumático), TEPT complexo/transtornos dissociativos, e transtornos de personalidade. Ele investiga trauma crônico e função autoimune, especialmente em relação a doenças de origem desconhecida, e os examina a partir da perspectiva dos comprometimentos autoimunes resultantes do perfil neuroendocrinológico pouco comum de pessoas que sofrem de TEPT. A seção final integra todo este material para ilustrar os princípios básicos do modelo PAI e a implicação deste material no que diz respeito ao tratamento atual de terapia EMDR, assim como técnicas que a tornam ainda mais robusta.

    Temas principais:
    ? Provê uma base neurobiológica que informa nossa compreensão do desenvolvimento humano, dos transtornos de apego e do processamento de informação
    ? Examina as bases biológicas da terapia EMDR e outras modalidades psicoterapêuticas relacionadas aos resultados do tratamento bem sucedido para apego, estresse pós-traumático e dissociação
    ? Oferece as pesquisas mais recentes em neurociências relevantes ao apego, estresse pós-traumático e dissociação
    ? Explica os transtornos como o resultado de sistemas de ação biológicos baseados na evolução, cronicamente desregulados
    ? Ilustra o estímulo sensorial da terapia EMDR ao cérebro como um catalisador neural que facilita a reparação dos circuitos neurais disfuncionais
    ? Inclui mapas neurais ilustrativos
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    Citações de A Neurobiologia do Processamento de Informação e seus Transtornos: Implicações para a Terapia EMDR e outras Psicoterapias

    Este equilíbrio precário entre objetividade externa e subjetividade interna e as previsões que isso gera sobre nós mesmos, o nosso ambiente, e aqueles que nos rodeiam é o cerne de nosso conhecimento, criatividade, alegrias e tristezas, e da qualidade de nossos relacionamentos.

    Considerando que o campo da neurobiologia tem utilizado o termo consciência para designar os processos de sensação, percepção, aprendizagem, cognição, emoção, integração somatossensorial e memória; a disciplina da psicologia optou por usar o termo processamento de informação.

    Como a informação é codificada (sensação)? Como ela é interpretada de forma a conferir significado (percepção)? Como é modificada ou armazenada (aprendizagem e memória)? Como é usada para prever o futuro estado do ambiente e as consequências da ação (tomada de decisão/emoção)? Como é usada para guiar o comportamento (controle motor) e para comunicar (linguagem)?

    Segundo, cada função mental no cérebro, desde os reflexos mais simples até os atos mais criativos na linguagem, música e arte, é realizada por circuitos neurais especializados em diferentes regiões por todo o cérebro.

    Por séculos, a sociedade esteve distante da noção de que o trauma e a negligência são crônicos.  Há uma grande confusão em nossa sociedade e em nossa profissão em relação ao trauma, à extensão e cronicidade da negligência familiar, e à natureza dos processos dissociativos. Ao invés de compreender que nossa história como raça humana é profundamente traumática, escolhemos acreditar que sobrevivemos e nos adaptamos. Aplicamos a mesma falta de visão às nossas crianças, acreditando que aconteça o que acontecer, elas são resilientes.

    Assim, uma crença negativa distorcida é claramente sintomática de processamento de informação previsivo não adaptativo.

    A própria consciência é, portanto, uma ferramenta para a investigação de si mesma, bem como para o estudo da parte do inconsciente que é dinamicamente reprimido. (p. xi)

    Para Rodolfo Llinas (2001), consciência é uma função da conscientização de processos internos (mindness), levando-o a perguntar,   Por que a conscientização de processos internos (mindness) é tão misteriosa pra nós? Por que sempre foi assim? Os processos que geram tais estados como o pensamento, a consciência e o sonho são estranhos para nós, eu imagino, porque eles sempre parecem ser gerados sem relação aparente com o mundo externo. Eles nos parecem impalpavelmente internos. (p. 4)

    Tem sido observado por muitos na comunidade da neurociência que é preferível utilizar o termo biologia da mente (biology of mind) para se referir ao conjunto de operações mentais realizadas por estes circuitos neurais especializados em vez de biology of the mind[2], que pode imprecisamente passar a ideia de que existe um lugar único ou singular, um único local no cérebro que efetua operações mentais.

    Goste ou não, a consciência é a função biológica fundamental que nos permite conhecer a tristeza e alegria, sofrimento e prazer, vergonha e orgulho, e pesar e reencontro. “Não culpe Eva pelo conhecimento; culpe a consciência, e a agradeça também” (p. 4).

    O que é Consciência?   O MISTÉRIO DA CONSCIÊNCIA Como, então, a atividade interna do cérebro realmente representa o mundo externo? Como nos permite interagir com o mundo externo e internamente com a nosso próprio mundo? Como consegue diferenciar realidade externa de realidade interna? Se a consciência é intrínseca à função cerebral, então existe algum tipo de lugar dentro do cérebro que podemos isolar como sendo a sede da consciência, ou temos que olhar mais no sentido de uma rede neural distribuída ao longo de uma escala maior, em todo o encéfalo?

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