"Vendi meu carro velho. Dei a grana como entrada em uma motocicleta. Daquelas que te intimidam antes de vê-la. Daquelas que ensurdecem lagartos e fazem morcegos mudarem de cor. Usei uma identidade falsa e uma conta inexistente. Precisava mudar. Comprei uma jaqueta. Peguei um par de botas velhas. Esqueci-me das coisas importantes. E ainda me sobrou um bom punhado de dinheiro para a cerveja e para as mulheres. Parei de lembrar quem eu era. E de mãos estendidas fiz questão de deixar aquele rastro de ódio para trás. De tudo que já tinha feito. E de onde eu tinha vindo. (...) Acreditei que sou o próprio destino. E que tudo agora estaria apenas naquele retrovisor novinho em folha. Momentos que passariam rápidos demais e não seriam lembrados. Antes do Sol e logo após a Lua. Esse virou meu lema. Adeus àquele materialismo de antes. Eu só precisava da pistola carregada e manter meu tanque sempre cheio."
Sobre o autor.
Vive entre fogo, fumaça e sopro. Não gosta do morno, e odeia rotinas. Sarcasmo faz parte do seu dia a dia.
Acha que sensibilidade é coisa de macho e que estupidez é atitude de frouxo. Sonha todos os dias.
Nunca recusa um whisky ou um café. Todo dia é dia de pecar; é necessário estar preparado para isso.
Autor dos livros: "A Panela do Diabo", "Um fevereiro; e dois maços", "O misterioso caso do homem de dois rastros - Um pacto entre o bem e mal", "Famintos homens" e "Contos das cinco horas".
Sobre o autor.
Vive entre fogo, fumaça e sopro. Não gosta do morno, e odeia rotinas. Sarcasmo faz parte do seu dia a dia.
Acha que sensibilidade é coisa de macho e que estupidez é atitude de frouxo. Sonha todos os dias.
Nunca recusa um whisky ou um café. Todo dia é dia de pecar; é necessário estar preparado para isso.
Autor dos livros: "A Panela do Diabo", "Um fevereiro; e dois maços", "O misterioso caso do homem de dois rastros - Um pacto entre o bem e mal", "Famintos homens" e "Contos das cinco horas".