A tradição minhota ditava que as raparigas deviam ir, na manhã de S. João, banhar-se nuas por entre o linho orvalhado dos campos. Foi numa dessas ocasiões que João Sabino descobriu a sensualidade de Tomásia e imediatamente se enamorou pela gaiata. A partir desse dia nasce uma rivalidade entre Tomásia e a sua melhor amiga, que andava há muito de olho no moço e considerava-o já um pretendente. Os conflitos entre as duas agudizam-se e Tomásia resolve fugir da terra. Vai encontrar refúgio e abrigo debaixo do teto do morgado da região sem sequer desconfiar que está a traçar o seu destino, para o bem e para o mal. O amor entre o jovem fidalgo e a bela camponesa floresce mas o futuro é muito incerto devido às constantes intervenções do malicioso pai do fidalgo. Quando este une forças com o vingativo João Sabino já pouco há a fazer para salvar os dois apaixonados.
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Alberto Pimentel foi um prolífico e eclético escritor português que deixou uma vasta obra publicada. A maioria dos seus romances enquadram-se no estilo romântico, notando-se uma forte influência de Camilo Castelo Branco, de quem foi discípulo e amigo.
O presente romance foi publicado pela primeira vez em 1897 e é agora reeditado em edição digital, com a ortografia adaptada ao novo acordo ortográfico.
A princesa de Boivão (romance)
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