Lugar onde se manifesta a vida, em seu sentido amplo, o espaço é condição, meio e produto à realização da sociedade. Se em cada momento do capitalismo foi produzido um tipo de cidade, torna-se necessário compreender os múltiplos processos que imprimem no espaço urbano características que o torna, em um determinado período da história, com características específicas. A nosso ver, estamos diante de um processo de constituição do urbano (este, ainda não realizado) em que o termo metrópole revela um momento histórico de reprodução da cidade e, dialeticamente associdado, do capital. O objetivo deste trabalho é analisar os planejamentos estratégicos do Rio de janeiro como contrarreformas urbanas, no momento em que transfiguram o ideario reformista do plano diretor, do Movimento Nacional pela Reforma Urbana e do Estatuto da Cidade e são partes do processo de desenvolvimento do neoliberalismo no espaço urbano do Rio de Janeiro. A análise da ?emergência? dos planejamentos estratégicos no período da globalização e a correspondente materialização de seus ideais no Rio de Janeiro são fundamentais à compreensão de que estamos vivenciando um esvaziamento da política em virtude das representações criadas em torno da necessidade e urgência de adoção por partes dos governos urbanos de planejamentos estratégicos.
A Transfiguração da Política e a Banalização do Espaço: Os Planejamentos Estratégicos do Rio de Janeiro como Contrarreformas Urbanas (Teses & Dissertações Que Você Deve Ler Livro 2)
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