Acredite, estou mentindo: Confissões de um manipulador das mídias
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A mensagem é clara: a melhor forma de conseguir tráfego é publicar o máximo possível, o mais rápido possível e com texto o mais simples possível.
A preocupação da mídia já foi proteger seu nome; na internet a preocupação é construir um nome.
As coisas devem ser negativas, mas não demais. O desespero e falta de esperança não nos levam a fazer algo. Pena, empatia – estes nos motivam a algo, como levantar do computador e agir. Mas raiva, medo, excitação ou riso nos fazem espalhar conteúdo.
Que blogueiro vai fazer uma reportagem real sobre empresas como Google, Facebook ou Twitter quando existe a possibilidade de um emprego lucrativo em uma delas?
Para alguns impérios online, o processo de criação de conteúdo é hoje uma lista de tarefas, centrada no número de visualizações, que pede aos redatores que pensem em tudo exceto “o que estou fazendo é bom?”
De acordo com o estudo, “o mais forte preditivo de virulência é a quantidade de raiva que um artigo evoca” [grifo meu]. Vou repetir: O mais forte preditivo do que se espalha online é a raiva.
Os blogs competem para ver quem consegue uma história primeiro, os jornais competem para “confirmá-la” e então os especialistas competem por tempo na televisão para opinar sobre ela.
Emily Gould, uma das editoras originais do Gawker, após sair desse blog escreveu um artigo para o site Slate.com, intitulado “Blogs Feministas como Jezebel Aumentam suas Visualizações de Página Explorando as Piores Tendências das Mulheres”, no qual explicava a motivação por trás dessa história: Esse é um ótimo exemplo da tendência que a blogosfera feminista tem de usar a força de mercado daquilo que chamo de “mundo do ultraje”. São tempestades que surgem com frequência provocadas por grandes sites com fins lucrativos voltados às mulheres, como o Jezebel e também, com menor intensidade, o XX Factor do Slate e Broadsheet, do Salon. Essas tempestades são criadas por redatores(as) que levam os(as) leitores(as) a sentir o que chamam de raiva provocada por indignação. Na verdade, isso não passa de ressentimento espertamente vendido como feminismo. Essas tempestades são ótimas para bombar as visualizações de páginas desses blogs-empresas.7
89 por cento dos jornalistas relataram usar blogs em suas pesquisas de matérias. Cerca de metade afirmou usar o Twitter para encontrar e pesquisar histórias,
Oscar Wilde disse melhor: “Antigamente os homens tinham a tortura. Hoje eles têm a imprensa”. Se ele soubesse o que estava por vir: Multidões de linchamento online. Blogs no ataque. Campanhas de difamação. Sarcasmo. Bullying cibernético. Ataques sincronizados de DoS (negação de serviço). Travamentos da internet. Informantes anônimos. Guerras de blogs. Trolls. Julgamentos em seções de comentários.
Um pioneiro crítico da mídia colocou desta forma: somos um país governado pela opinião pública, e a opinião pública é amplamente governada pela imprensa, então não é essencial compreendermos o que governa a imprensa? O que controla a imprensa, concluiu ele, controla o país.