Ágape
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Tranquilidade é um dom de Deus. Não significa que os problemas deixarão de existir. Entretanto, é a calma necessária, o tempo como um novo nome para o amor que nos apresenta a esperança.
Chorar pela perda faz parte do sentimento humano. Mas ficar diante da janela da perda faz parte de uma busca pela infelicidade. É preciso olhar as outras janelas.
Meu filho, amar é uma decisão, não um sentimento. Amar é dedicação. Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor. O amor é um exercício de jardinagem. Arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide. Esteja preparado porque haverá pragas, secas ou excessos de chuvas, mas nem por isso abandone o seu jardim. Ame, ou seja, aceite, valorize, respeite, dê afeto, ternura, admire e compreenda. Simplesmente: Ame! A vida sem AMOR… não tem sentido.
Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto. A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta.
Madre Teresa de Calcutá nos ensina que “quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las”.
E quantos são os que acusam enquanto escondem a própria podridão.
O erro maior? Abandonar-se
A dificuldade em ver o meu problema faz com que eu não consiga solucioná-lo. O primeiro passo para levantar é ter a percepção da queda.
A escuridão nos remete aos erros. Não os erros que cometemos. Errar faz parte. A escuridão faz parte dos erros em cuja permanência insistimos. Há tantos erros que são facilmente percebidos, mas a nossa teimosia e comodismo nos impedem a busca de uma nova vida.
Estamos acostumados a viver em um mundo em que as pessoas agem na expectativa de reciprocidade. A ação traz uma reação. Infelizmente, não se encontra sabor em relações desinteressadas. A suposta amizade vive de expectativas. O que o outro pode me proporcionar? Que ganho haverei de ter ao ido a tal evento? Quem é fulano? O que ele faz? É filho de quem?
Há uma história rabínica que conta a experiência de um homem que vai visitar o céu e o inferno. Fica impressionado quando percebe que tanto no céu como no inferno há fartura de comida. E mais, que não há restrição alguma. Repara ainda que as colheres são imensas, com longos cabos. A diferença é que no inferno todos são muito, muito magros. Raquíticos. E, no céu, todos são saudáveis. O homem fica abismado. Se a comida é a mesma, se não há restrição alguma, onde está a diferença? A diferença está na solidariedade. No inferno, cada um tentava alimentar a si mesmo, e como os cabos das colheres eram imensos, eles derrubavam toda a comida e não conseguiam comer. No céu, ao contrário, um colocava a comida na boca do outro, assim todos se alimentavam.
Ágape é o amor incondicional, o amor generoso, o amor sem limites; puro, livre!