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    Alexandre VI: Bórgia, o papa sinistro

    Por Volker Reinhardt
    Existem 12 citações disponíveis para Alexandre VI: Bórgia, o papa sinistro

    Sobre

    Em quase 2.000 anos de cristianismo, nenhum papa foi tão polêmico quanto Alexandre VI, nascido Rodrigo Borja. Nos 11 anos do seu pontificado, o Vaticano foi quartel-general de guerras, palco de envenenamentos, assassinatos, subornos, chantagens, desvios de dinheiro da Igreja e nepotismo no mais alto grau. Inclusive, com a participação do sumo pontífice em orgias envolvendo até 50 mulheres.

    A partir de fontes recentemente disponíveis, Volker Reinhardt traz à luz fatos novos da trajetória deste papa sinistro, compartilhando com o leitor seu profundo trabalho de investigação. Sua reconstituição da vida do papa Alexandre VI resulta em um relato fiel e ainda mais surpreendente do que qualquer ficção.

    Fatos sobre Alexandre VI

    ? Nascido na Espanha como Borja, Rodrigo italianizou o nome para Borgia quando foi estudar Direito em Bolonha.

    ? Quando da elevação do tio materno ao papado como Calisto III, Rodrigo foi ordenado diácono, aos 24 anos; e sacerdote, aos 37. A partir de então, não parou de ascender na hierarquia da Igreja.

    ? Serviu na cúria romana a cinco papas e, com a morte de Inocêncio VIII, comprou sua eleição para o Trono de São Pedro. Contava, então, 61 anos e tinha três filhos e uma filha com uma amante de longa data.

    ? Foi Alexandre VI quem emitiu a Bula Inter Coetera, dividindo o Novo Mundo entre Portugal e Espanha. Os limites portugueses foram mais tarde renegociados no Tratado de Tordesilhas, de modo a incluir, como possessão de Portugal, parte do que é hoje o Brasil.
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    Citações de Alexandre VI: Bórgia, o papa sinistro

    A razão do nepotismo é o nepotismo. Em outras palavras: o apoio à família é o fim em si mesmo.

    Simonia provém de Simão Mago, um mago pagão que procurou comprar dos apóstolos Pedro e Paulo o poder de realizar milagres e, segundo a lenda, devido a esse sacrilégio, foi punido com a queda mortal durante uma tentativa de voo.

    A ganância é como a água do mar, diziam os moralistas no Senado da Igreja: quanto mais se bebe, mais sede se tem.

    Segundo essa teoria, a grande massa só aceita as verdades religiosas de salvação quando são simbolizadas, de forma clara, por meio de imagens e edifícios, ou seja, quando são capazes de impressionar os olhos.

    No final das solenidades, Alexandre VI recebeu os seus convidados nas câmaras do Vaticano. Foi lá que a noiva, extremamente observada, teve a sua primeira entrada em cena. O que ela estava vestindo e como se comportava? Seu traje correspondia ao que os Bórgia entendiam como modéstia com exclusividade: um vestido concebido com simplicidade, cujo valor só poderia ser avaliado através do brilho emanado pela abundância de ouro; sobre ele, Lucrécia usava uma capa cujas pontas eram feitas de preciosa zibelina. Nós podemos contentar-nos com pouco para não envergonhá-los, mas se quiséssemos, poderíamos apresentar-nos de uma forma completamente diferente, pois, afinal de contas, temos o suficiente — mais ou menos essa era a mensagem do traje da noiva, endereçada aos D’Este. A discrição dos Bórgia foi rompida apenas no pescoço de Lucrécia, onde resplandecia um colar de pérolas acetinadas, tão pesado e tão caro, que só poderia ter sido concebido pelos mais exclusivos joalheiros da cristandade. Nesse ponto, as instruções de Alexandre VI eram irrefutáveis: para o delicado pescoço de sua filha, apenas o que houvesse de mais precioso.

    O rito seguinte, a solene acolhida dos embaixadores por parte de César Bórgia, foi uma solene demostração de poder. Ele enviou por antecipação seis pajens e uma centena de nobres romanos, seguidos por duzentos soldados suíços fortemente armados. Só então apareceu, ao lado do embaixador francês, para dar as boas-vindas a seus convidados. A sua presença de destaque ao lado de César revelava também uma mensagem clara: os Bórgia estavam sob a proteção de Luís XII. Os D’Este jamais poderiam concorrer com tamanha potência militar. Os orgulhos aristocratas do Vale do Pó deveriam, portanto, estar satisfeitos e agradecidos de poder unir-se por laços de família ao clã dos Bórgia. Como foi evidenciado por meio de cartas, os D’Este mostraram-se devidamente impressionados com aquelas demonstrações

    Seu traje correspondia ao que os Bórgia entendiam como modéstia com exclusividade: um vestido concebido com simplicidade, cujo valor só poderia ser avaliado através do brilho emanado pela abundância de ouro; sobre ele, Lucrécia usava uma capa cujas pontas eram feitas de preciosa zibelina. Nós podemos contentar-nos com pouco para não envergonhá-los, mas se quiséssemos, poderíamos apresentar-nos de uma forma completamente diferente, pois, afinal de contas, temos o suficiente — mais ou menos essa era a mensagem do traje da noiva, endereçada aos D’Este. A discrição dos Bórgia foi rompida apenas no pescoço de Lucrécia, onde resplandecia um colar de pérolas acetinadas, tão pesado e tão caro, que só poderia ter sido concebido pelos mais exclusivos joalheiros da cristandade. Nesse ponto, as instruções de Alexandre VI eram irrefutáveis: para o delicado pescoço de sua filha, apenas o que houvesse de mais precioso.

    Em Veneza, o doge e seus conselheiros caíram das nuvens. Será que se tinha chegado ao ponto de permitir que um príncipe altamente respeitado, membro de uma das famílias mais prestigiadas da Itália, que usufruía da proteção da República de Veneza, fosse perseguido por um nepote papal como se fosse um animal selvagem — e ninguém movia uma palha para ajudá-lo? Parece que se podia perceber o alívio estampado no rosto dos patrícios do governo: finalmente teriam a oportunidade de fazer algo contra a má consciência. E, finalmente, seria possível também se livrar do vizinho sinistro ao sul.

    Seu traje correspondia ao que os Bórgia entendiam como modéstia com exclusividade: um vestido concebido com simplicidade, cujo valor só poderia ser avaliado através do brilho emanado pela abundância de ouro; sobre ele, Lucrécia usava uma capa cujas pontas eram feitas de preciosa zibelina. Nós podemos contentar-nos com pouco para não envergonhá-los, mas se quiséssemos, poderíamos apresentar-nos de uma forma completamente diferente, pois, afinal de contas, temos o suficiente — mais ou menos essa era a mensagem do traje da noiva, endereçada aos D’Este. A discrição dos Bórgia foi rompida apenas no pescoço de Lucrécia, onde resplandecia um colar de pérolas acetinadas, tão pesado e tão caro, que só poderia ter sido concebido pelos mais exclusivos joalheiros da cristandade.

    como vê Maquiavel, uma prova de que a religião nada mais é do que um meio inventado pelo homem para exercer seu domínio;

    “Que me odeiem, contanto que tenham medo de mim”

    de verão despreocupadamente.

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