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    Alvo noturno

    Por Ricardo Piglia
    Existem 4 citações disponíveis para Alvo noturno

    Sobre

    Recebido com entusiasmo pela crítica, poucos meses depois de publicado, o romance Alvo noturno recebeu o importante prêmio literário venezuelano Rómulo Gallegos.Trata-se, por assim dizer, de um romance policial-social. A ação, que se passa num povoado do pampa argentino nos anos da ditadura militar - de que ficou a herança traumática com que o país se debate até hoje -, ilumina com a agudeza característica de Piglia a organização corrompida da sociedade rural, caracterizada pela autoridade inconteste dos que mandam, pela impunidade de seus crimes e pela perversidade das relações pessoais.

    A trama gira ao redor de Tony Durán, porto-riquenho de Nova Jersey. A razão da ida daquele moreno elegante, sedutor, de passado duvidoso, para o lugarejo argentino é obscura: dizem que mantinha um caso amoroso com as gêmeas Belladona, as belas Ada e Sofía, filhas do mandachuva local. Outras hipóteses falam em especulação, lavagem de dinheiro, e até um rumoroso caso homossexual. Assunto predileto do povoado, um dia Tony aparece morto em seu quarto de hotel. A investigação desnudará pouco a pouco uma sociedade paralisada pela lógica da violência e do poder.

    Enviado por seu jornal, Emilio Renzi chega de Buenos Aires para escrever a matéria - que o jornalista pretende transformar num amplo painel social. Para isso, ao lado do comissário Croce, investiga as arqueologias familiares e desconstrói os papéis dos protagonistas: ora seres destruidores, ora indivíduos inermes diante do poderio do sistema validado pelo Estado: uma sociedade em que é impossível sonhar, como evidencia o destino de Luca Belladona, que pagará sua resistência e sua utopia com a solidão extrema.

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    Citações de Alvo noturno

    Saldías tinha a impressão de que Croce via as coisas a uma velocidade incomum, como se estivesse meio segundo (meio milésimo de segundo) adiantado em relação aos outros.

    A certeza não é um conhecimento, pensou, é a condição do conhecimento.

    preciso ter uma base e em seguida é preciso inferir e deduzir. Então — concluiu — a pessoa vê o que sabe e não consegue ver se não sabe… Descobrir é ver de outro modo o que ninguém percebeu.

    Compreender — disse quando se recompôs — não é descobrir fatos nem extrair inferências lógicas, muito menos construir teorias, é simplesmente adotar o ponto de vista adequado para apreender a realidade.

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